Mariana Leitão acusa Luís Montenegro de esconder aumento da despesa pública e nega radicalização da Iniciativa Liberal



Mariana Leitão, presidente da Iniciativa Liberal (IL), refutou as acusações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, de que estaria a radicalizar o seu partido. Em declarações aos jornalistas, Leitão contrapôs que a crítica do chefe do Governo é uma manobra para esconder o aumento da despesa pública em 17 mil milhões de euros desde o início do seu mandato, um valor que, segundo ela, supera largamente o custo de todas as propostas da IL. A líder liberal lamentou que as propostas do seu partido para a redução de impostos e para o setor da habitação tenham sido sistematicamente "chumbadas" pelo PSD durante o debate do Orçamento do Estado para 2026.
Fazendo um balanço dos seus primeiros seis meses na liderança, Mariana Leitão destacou a "coragem" como a palavra-chave, afirmando que a IL tem sido "muito vocal" na defesa das políticas que considera essenciais para o país.
Sobre a lei da nacionalidade, cujas normas foram parcialmente chumbadas pelo Tribunal Constitucional, a líder liberal mostrou-se disponível para trabalhar no parlamento para "aprimorar o novo decreto", corrigindo os "conceitos indeterminados" apontados.
O clima de tensão política estende-se a outras áreas, nomeadamente ao caso "Spinumviva", que motivou reações de várias figuras. O socialista Fernando Medina classificou os ataques a Luís Montenegro como uma "campanha de calúnias", enquanto Pedro Santana Lopes considerou que o ambiente político se está a tornar "insuportável".
Do lado do PS, Mariana Vieira da Silva considerou o caso uma "questão política" e criticou o "desconforto" de André Ventura sobre o tema.
Pelo PSD, André Coelho Lima descreveu as declarações de Mariana Leitão como "infelicíssimas", evidenciando o mal-estar entre os dois partidos.


























