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Marine Le Pen será novamente julgada entre janeiro e fevereiro de 2026

A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, enfrenta um futuro político incerto com a marcação do seu julgamento em recurso por desvio de fundos do Parlamento Europeu, agendado para o início de 2026.
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O Tribunal de Recurso de Paris marcou para o período entre 13 de janeiro e 12 de fevereiro de 2026 o julgamento do recurso interposto por Marine Le Pen, o seu partido União Nacional (RN) e outras 11 pessoas. O grupo é acusado de ter criado um "sistema" entre 2004 e 2016 para pagar a funcionários do partido com fundos do Parlamento Europeu, através da contratação de assistentes parlamentares que, na verdade, trabalhavam para a força política.

O caso teve origem num alerta do Parlamento Europeu às autoridades francesas em 2015.

Na primeira instância, o tribunal de Paris estimou que o prejuízo total ascendeu a 2,9 milhões de euros, desviados ao longo de 11 anos e três legislaturas. Em 31 de março, Marine Le Pen foi condenada a uma pena de cinco anos de inelegibilidade com "execução provisória imediata". O Ministério Público tinha solicitado uma pena de cinco anos de prisão, dos quais três com pena suspensa, uma multa de 300.000 euros e cinco anos de inelegibilidade. O vice-presidente do RN, Louis Aliot, também foi condenado a 18 meses de prisão e a três anos de inelegibilidade.

As consequências políticas da condenação inicial são significativas.

Embora Le Pen mantenha o seu mandato como deputada por Pas-de-Calais, a pena de inelegibilidade, caso seja confirmada no recurso, impede-a de se candidatar a qualquer eleição durante cinco anos, o que inclui as eleições presidenciais de 2027. O julgamento do recurso ocorrerá mais de um ano antes da data prevista para essas eleições.

Paralelamente, o partido União Nacional enfrenta outra investigação.

Em julho, a Procuradoria Europeia abriu um inquérito a Le Pen, Jordan Bardella e aos seus aliados do grupo Identidade e Democracia (ID) por suspeitas de terem "gastado indevidamente" mais de 4,3 milhões de euros entre 2019 e 2024. A suspeita foi levantada num relatório do departamento de assuntos financeiros do Parlamento Europeu.

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