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Avistamento de Organismos Gelatinosos na Costa Portuguesa

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alertou para a presença de diversas espécies de organismos gelatinosos, como medusas e caravelas-portuguesas, que têm sido avistadas em várias praias da costa continental. Estes avistamentos levaram as autoridades a emitir recomendações sobre como proceder em caso de contacto.
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Durante a última semana de agosto, foram registados mais de 150 avistamentos de organismos gelatinosos ao longo da costa portuguesa, de acordo com o projeto GelAvista do IPMA. As ocorrências estenderam-se de norte a sul do país, com a presença de caravelas-portuguesas (Physalia physalis) a ser notada entre Leiria e Viana do Castelo. No Algarve, em praias de Lagos como a Meia Praia e Porto de Mós, foram identificadas espécies como a medusa-tambor, a medusa-do-tejo e a medusa-compasso. No concelho de Mafra, foram especificamente reportados veleiros (Velella velella) na Praia de São Lourenço e a medusa-do-tejo (Catostylus tagi) na Praia da Foz do Lizandro.

As espécies avistadas apresentam diferentes níveis de perigo.

A caravela-portuguesa é considerada a mais perigosa em águas nacionais, sendo uma colónia de organismos cujos tentáculos podem atingir 30 metros.

O veleiro, por sua vez, possui tentáculos curtos e ligeiramente urticantes, sendo comum o seu aparecimento em grandes aglomerados. Já a medusa-do-tejo, a mais comum em Portugal continental e originária do rio Tejo, é de grandes dimensões, mas o seu poder urticante é considerado fraco.

Face a estes avistamentos, as autoridades recomendam que se evite o contacto direto com estes organismos, mesmo que aparentem estar mortos na areia.

Em caso de picada, a zona afetada deve ser lavada exclusivamente com água do mar. A aplicação de compressas quentes é aconselhada e, no caso específico da picada de caravela-portuguesa, deve também aplicar-se vinagre.

É expressamente desaconselhado o uso de água doce, álcool, amónia ou ligaduras.

Se a dor persistir ou surgirem dificuldades respiratórias, é fundamental procurar assistência médica.

Estes registos são compilados pelo GelAvista, um programa de ciência cidadã do IPMA lançado em 2016.

O projeto monitoriza a ocorrência de organismos gelatinosos em toda a costa de Portugal, incluindo Açores e Madeira, com a colaboração da comunidade, que pode reportar avistamentos através de uma aplicação ou por e-mail, contribuindo para o estudo da distribuição destas espécies.

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