Plano de Paz dos EUA para a Ucrânia Gera Controvérsia e Críticas na Europa



O candidato presidencial Luís Marques Mendes criticou veementemente o plano de paz norte-americano, descrevendo-o como um "prémio para quem foi o agressor e o invasor da Ucrânia" e uma "injustiça" para os ucranianos.
Durante um almoço com cerca de 500 apoiantes em Pombal, Mendes afirmou que o plano "parece escrito em Moscovo" e alertou que "se a Ucrânia perder esta guerra, é a Europa que perde", colocando em causa a segurança do continente.
O candidato, apoiado pelo PSD e CDS-PP, lamentou ainda que a Europa não tenha sido "ouvida nem achada" na elaboração da proposta.
O plano de 28 pontos, elaborado pelos EUA para pôr fim a uma guerra de quase quatro anos, causou alarme em Kiev e nas capitais europeias, sendo visto pelos aliados ocidentais como favorável a Moscovo.
A proposta cede a várias exigências russas que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já rejeitou categoricamente, incluindo a cedência de vastas porções de território, a proibição da entrada da Ucrânia na NATO e a imposição de restrições ao tamanho do exército ucraniano.
A ministra delegada de França no Ministério da Defesa, Alice Rufo, classificou a limitação militar como "uma limitação à sua soberania".
Em resposta, decorrem negociações em Genebra.
Uma delegação ucraniana, liderada por Andriy Yermak, já se reuniu com conselheiros de segurança do Reino Unido, França e Alemanha, e tem agendada uma reunião com a delegação norte-americana, que inclui o Secretário de Estado Marco Rubio.
Zelensky admitiu que o seu país pode enfrentar uma escolha difícil entre a defesa dos seus direitos soberanos e a preservação do apoio norte-americano.
No seu discurso, Marques Mendes abordou também a sua campanha presidencial, mencionando a subida nas sondagens e criticando os "ataques pessoais" de adversários, garantindo que manterá uma "campanha limpa".












