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Descoberta de um núcleo interno sólido em Marte

Dados sísmicos recolhidos pela missão InSight da NASA permitiram confirmar, pela primeira vez, a existência de um núcleo interno sólido em Marte. Esta descoberta oferece novas perspetivas sobre a evolução do planeta vermelho e de outros corpos planetários.
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Uma equipa de cientistas, analisando dados de sismos marcianos registados pela sonda InSight da NASA, confirmou que Marte possui uma estrutura interna em camadas, com um núcleo externo líquido e um núcleo interno sólido. Publicado na revista Nature, o estudo representa a primeira vez que a existência de um núcleo interno sólido é confirmada num planeta que não a Terra, revelando que Marte tem uma estrutura de diferenciação núcleo-manto semelhante à terrestre.

A descoberta foi possível através da análise de 23 sismos com sinais de alta qualidade.

Os investigadores detetaram fases sísmicas específicas, conhecidas como PKKP e PKiKP, que atravessam o núcleo do planeta.

As ondas chegaram ao sismómetro mais cedo do que o esperado para um núcleo puramente líquido, fornecendo assim a evidência direta de um componente sólido. As medições indicam que o núcleo interno sólido de Marte tem um raio de aproximadamente 600 quilómetros, o que corresponde a cerca de um quinto do raio total do planeta.

Os cientistas notaram que, se Marte fosse ajustado à escala da Terra, a proporção estrutural entre os seus núcleos interno e externo seria muito semelhante.

Foi ainda detetado um aumento de cerca de 30% na velocidade das ondas sísmicas e uma diferença de 7% na densidade entre o núcleo interno e o externo. A análise da composição sugere que o núcleo marciano não é constituído apenas por ferro e níquel, contendo também uma quantidade significativa de elementos leves. Estima-se que inclua entre 12% a 16% de enxofre, 6,7% a 9% de oxigénio e até 3,8% de carbono. Esta composição fornece pistas importantes para compreender a história evolutiva do campo magnético de Marte, explicando a transição de um período de atividade para o seu estado atual inativo.

A exploração das estruturas profundas dos planetas representa um desafio considerável devido à dificuldade em obter dados claros.

No caso da Terra, a existência do núcleo interno foi teorizada em 1936, mas a sua confirmação demorou quase meio século.

Os sinais sísmicos de Marte são ainda mais fracos e suscetíveis a ruído, o que torna esta confirmação um marco significativo na ciência planetária.

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