Depressão Emília paralisa Madeira com quase uma centena de ocorrências e alertas vermelhos



O Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) da Madeira registou, até às 08h00 de sábado, um total de 99 ocorrências devido às condições meteorológicas adversas provocadas pela depressão Emília.
As operações mobilizaram 224 operacionais e 102 meios técnicos.
A maioria dos incidentes esteve relacionada com quedas de árvores (61), mas também se verificaram quedas de elementos de construção (12), quedas de redes elétricas (9) e movimentos de massas (3).
O concelho do Funchal foi o mais afetado, com 27 ocorrências, seguido por Machico (22) e Santa Cruz (19).
A Proteção Civil informou que todas as situações foram resolvidas a nível municipal, sem registo de feridos.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu vários avisos meteorológicos, incluindo um aviso vermelho, o mais grave, para a agitação marítima na costa norte, costa sul, regiões montanhosas e Porto Santo, válido até às 15h de sábado.
As previsões apontavam para ondas de noroeste entre 7 e 7,5 metros, com uma altura máxima que poderia atingir os 14 metros. Foram também emitidos avisos laranja para vento forte, com rajadas que atingiram os 104 km/h no aeroporto, e para precipitação.
As condições incluíram ainda queda de neve nos pontos mais altos da ilha.
Os efeitos do mau tempo levaram a constrangimentos significativos.
A Proteção Civil reportou 39 acessos condicionados, incluindo o encerramento de várias zonas costeiras e balneares no Funchal, como a Praia Formosa e o Cais do Carvão, além de troços rodoviários nas zonas de montanha. Um dos maiores impactos sentiu-se no tráfego aéreo, com o cancelamento de voos no Aeroporto do Funchal pelo segundo dia consecutivo.
Perante a severidade das condições, a Capitania do Porto do Funchal prolongou os avisos de mau tempo e recomendou à comunidade marítima e à população em geral que tomassem precauções, como reforçar a amarração das embarcações e evitar passeios junto à costa.








