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Pagamentos imediatos ultrapassam numerário nas transferências entre particulares em Portugal

Uma mudança histórica nos hábitos de pagamento em Portugal coloca as transferências imediatas, como o MBWay, à frente do dinheiro pela primeira vez. O fenómeno, que reflete uma rápida digitalização, posiciona o país na vanguarda europeia.
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Portugal assiste a uma transformação nos seus hábitos financeiros, com os pagamentos imediatos a superarem o numerário nas transferências entre particulares. De acordo com o Relatório 2025 “Digitalização dos fluxos de pagamentos entre particulares”, da Nuek, 45% da população bancarizada em Portugal já utiliza soluções P2P (peer-to-peer) como o MBWay, enquanto o uso de dinheiro em numerário desceu para 41%. Este marco assinala uma inversão de tendências e coloca o país na liderança europeia da adoção de pagamentos instantâneos, a par de outros mercados pioneiros como Espanha e o Brasil.

A preferência por transferências imediatas estende-se a outros contextos.

Nos pagamentos online, mais de 30% dos utilizadores bancários optam por este método. De forma mais vincada, Portugal destaca-se como o único país europeu onde as transferências imediatas são também o método preferido nos pagamentos presenciais, superando o dinheiro.

Segundo o estudo, esta evolução reflete uma mudança nas expectativas dos consumidores, que já não avaliam os serviços bancários isoladamente, mas comparam a sua experiência com a de outras aplicações móveis, exigindo rapidez, simplicidade e transparência nos custos.

O interesse pela conveniência dos pagamentos P2P estende-se agora às transações internacionais.

Uma larga maioria dos portugueses (62%) considera atrativa a possibilidade de usar estas soluções para transferências entre diferentes países e afirma que as utilizaria, um valor que contrasta com os apenas 8% registados no Reino Unido. Neste sentido, Portugal já integra a aliança MBWay–Bizum–BancomatPay, que viabiliza pagamentos imediatos com Espanha e Itália, em conformidade com o Regulamento Europeu de Pagamentos Imediatos de 2024, que estabelece a conclusão de transferências em menos de 10 segundos.

No que diz respeito às remessas internacionais, o custo continua a ser o principal obstáculo.

O envio de 200 dólares tem um custo médio de cerca de 7,5% na Europa e Ásia Central. Ainda assim, o recurso a canais digitais está a crescer, com 31% da população bancarizada em Portugal a utilizar estes serviços, um aumento de 10 pontos percentuais no último ano.

A migração para o digital permite reduzir custos, aproximando a experiência das remessas à dos pagamentos P2P nacionais, uma convergência que, segundo os especialistas, definirá a próxima fase do setor.

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