Novas Medidas do Governo para a Habitação

O Governo apresentou um novo pacote de medidas para a habitação, descrito como um 'plano de choque' para resolver a crise no setor.

No entanto, a iniciativa gerou controvérsia e levantou dúvidas sobre a sua equidade, com várias análises a questionarem quem são os verdadeiros beneficiários.

A principal crítica, analisada pela coordenadora de Economia do Expresso, Elisabete Miranda, foca-se na aparente disparidade de benefícios entre proprietários e arrendatários.

As primeiras contas indicam que os senhorios poderão receber benefícios fiscais significativamente superiores aos dos inquilinos. Um dos artigos questiona a justiça de uma medida em que os senhorios podem receber benefícios até 20 vezes superiores, enquanto outro aponta que, para uma poupança de 200 euros por parte de um inquilino, um senhorio poderá poupar, no mínimo, seis vezes mais.

Em resposta às críticas, o Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, defendeu a ousadia do Governo.

Segundo o ministro, 'ninguém estava à espera que o Governo fosse tão longe' e existiu 'vontade de interpretar mal aquilo que foi feito'. Miguel Pinto Luz afirmou que o executivo arriscou por estar preocupado com o problema e sublinhou que está a ser feito um investimento no setor como 'nunca ninguém investiu neste país nos últimos 50 anos'.

O debate sobre as novas políticas de habitação foi destacado em vários meios, incluindo o podcast diário do Expresso, 'Economia dia a dia', conduzido por Juliana Simões, que se debruçou sobre a distribuição dos benefícios do referido plano.