Presidente iraniano declara que o país está em guerra total com os EUA Israel e a Europa



Numa declaração ao 'site' oficial do Líder Supremo iraniano, o Ayatollah Ali Khamenei, o presidente Massoud Pezeshkian afirmou que o Irão está a enfrentar uma "guerra total" movida pelos Estados Unidos, Israel e várias nações europeias.
Segundo Pezeshkian, o objetivo desta coligação é "colocar o país de joelhos".
O presidente iraniano considera o conflito atual "pior, mais complexo e difícil" do que a guerra que o Iraque travou contra o Irão entre 1980 e 1988.
Esta declaração surge seis meses após um conflito militar de 12 dias em junho, desencadeado por um ataque israelita, com participação norte-americana, a instalações militares e nucleares iranianas.
Estes ataques resultaram em mais de mil baixas iranianas e levaram à interrupção das negociações sobre o programa nuclear que decorriam entre Teerão e Washington desde abril. No campo diplomático, o Irão acusa a França, o Reino Unido e a Alemanha de terem apoiado a reintrodução de sanções da ONU no final de setembro, relacionadas com o seu programa nuclear.
A pressão económica é outro pilar desta "guerra".
Desde o regresso de Donald Trump à presidência dos EUA, foi retomada a política de "pressão máxima", que se traduz numa série de sanções adicionais para prejudicar a economia iraniana e as suas receitas petrolíferas.
Esta estratégia tem exercido uma forte pressão sobre a moeda nacional, o rial, que sofre uma depreciação crónica.
A situação levou à hiperinflação, com a taxa de câmbio no mercado paralelo a atingir um mínimo histórico de quase 1,4 milhões de riais por dólar, em comparação com cerca de 800 mil no ano anterior.











