
Diminuição de candidatos ao Ensino Superior



A redução de cerca de nove mil candidatos ao ensino superior este ano deve-se unicamente às alterações nas condições de acesso, segundo o ministro Fernando Alexandre. O governante explicou que a reintrodução dos exames nacionais como obrigatórios para a conclusão do secundário e a exigência de duas provas de ingresso justificam a totalidade desta quebra, um resultado que considerou "expectável". Falando à margem de um evento na Universidade do Minho, em Guimarães, o ministro sublinhou que os dados deste ano são semelhantes aos de 2019, o último ano em que estas regras estiveram em vigor.
Fernando Alexandre refutou categoricamente a hipótese de o custo do alojamento para estudantes ter influenciado esta diminuição, embora reconheça que é uma restrição. A este respeito, destacou o "grande investimento" do país em alojamento estudantil, prevendo-se um total de 26 mil camas para o próximo ano, um aumento de mais de 11 mil desde 2020, com projetos significativos na Universidade do Minho. Após uma reunião com o Conselho de Reitores, o ministro revelou que houve consenso na necessidade de as universidades e politécnicos se abrirem a outros públicos, para além dos jovens que acedem através do concurso nacional. Salientou que os percursos escolares "não são lineares" e que o sistema deve estar preparado para acolher estudantes por vias diferenciadas. Por fim, Fernando Alexandre advertiu que é crucial não só garantir o acesso, mas também criar condições para que os alunos concluam os seus estudos com sucesso.
O ministro considera que as atuais taxas de conclusão estão "muito aquém daquilo que temos de ter", dado o elevado investimento das famílias e do Estado no ensino superior.
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