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Riscos no Cumprimento das Metas Climáticas em Portugal e na União Europeia

A União Europeia enfrenta divisões internas para definir as suas metas climáticas, enquanto em Portugal a associação Zero alerta que o país corre o risco de falhar os objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima 2030 devido ao aumento das emissões em setores-chave.
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A associação ambientalista Zero alertou para um possível falhanço das metas do Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030) em Portugal. Embora os dados de 2023 mostrem uma redução global de 5,6% nas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) face a 2022, totalizando 53,3 milhões de toneladas de CO₂, a Zero considera esta trajetória um "aparente alinhamento" enganoso. A diminuição foi impulsionada sobretudo pela descarbonização do setor das indústrias de energia, mas mascara o aumento das emissões em áreas críticas que estão desalinhadas com os objetivos. O setor dos transportes é a principal preocupação, representando já 34% das emissões nacionais.

As emissões do transporte terrestre de mercadorias e passageiros aumentaram 7% em 2023 e o consumo de combustíveis rodoviários voltou a subir em 2025.

A agricultura e a gestão de resíduos, responsáveis por 13% e 11% das emissões, respetivamente, também apresentam emissões crescentes ou estagnadas, quando deveriam estar a diminuir.

Adicionalmente, o setor da produção de eletricidade, que tinha registado a maior redução na última década, inverteu a tendência, com o consumo de gás para este fim a mais do que duplicar desde o início de 2025 em comparação com o período homólogo de 2024. A situação é agravada pela extensa área ardida em 2025, que compromete a capacidade florestal de absorção de carbono.

A nível europeu, o cenário também revela desafios.

Os 27 Estados-membros aprovaram um "compromisso mínimo" para a redução de emissões até 2035, numa faixa entre 66,25% e 72,5% face a 1990.

A decisão, tomada em Bruxelas, foi descrita como uma "declaração de intenções" para evitar que a UE chegasse de "mãos vazias" à Assembleia Geral da ONU e à COP30.

A falta de um acordo firme reflete profundas divergências internas, com países como a Hungria e a República Checa a oporem-se a metas mais ambiciosas para proteger as suas indústrias.

Apesar das divisões, a Comissão Europeia e a ministra do Ambiente portuguesa, Maria da Graça Carvalho, manifestaram confiança de que a UE manterá a sua liderança climática.

Um relatório do European Climate Neutrality Observatory (ECNO) de 2025 identificou o setor dos edifícios como outro grande entrave, alertando para a necessidade de duplicar o ritmo de redução de emissões nesta década. O estudo aponta para a estagnação das renovações, o atraso na eletrificação e um défice de investimento climático de 344 mil milhões de euros só em 2023.

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