Microsoft ultrapassou a barreira dos quatro biliões de dólares

A Microsoft tornou-se na segunda empresa na história a atingir uma capitalização de mercado de 4 biliões de dólares, um feito alcançado apenas algumas semanas depois de a fabricante de chips Nvidia ter quebrado a mesma barreira.

A valorização da gigante tecnológica foi impulsionada por uma subida das suas ações, que aumentaram entre 4% e 6,25% numa sessão da bolsa de Nova Iorque, atingindo os 545,34 dólares por ação. Desde o início do ano, o preço das ações da Microsoft valorizou-se quase 30%.

Este desempenho bolsista reflete a reação positiva dos investidores aos resultados financeiros da empresa, que superaram as expectativas dos analistas.

No quarto trimestre fiscal, a Microsoft registou um aumento de 18% nas receitas, para 76,4 mil milhões de dólares, e um crescimento de 24% no lucro, que atingiu os 27,2 mil milhões de dólares. No cômputo anual, a empresa terminou o ano fiscal com uma receita de 281,7 mil milhões de dólares, um aumento de 15%, e um lucro líquido de 101,8 mil milhões de dólares, um crescimento de 16%.

O principal motor deste crescimento, segundo o CEO Satya Nadella, foi a aposta na "cloud" e na inteligência artificial (IA), que estão a "propulsionar a transformação do negócio em todos os setores".

O segmento de nuvem Azure ultrapassou os 75 mil milhões de dólares em receitas anuais, um aumento de 34%, com um crescimento de 39% nas vendas do último trimestre. A unidade Microsoft Cloud gerou receitas de 46,7 mil milhões de dólares no trimestre, mais 27% que no ano anterior. Este sucesso financeiro ocorre num contexto em que a empresa anunciou, no início do mês, o despedimento de 9.000 funcionários em vários departamentos. O CEO Satya Nadella descreveu esta decisão como o "enigma do sucesso", notando que o número de funcionários se mantém elevado enquanto a empresa atinge marcos financeiros históricos.