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Agricultores europeus protestam em Bruxelas contra cortes na Política Agrícola Comum

Milhares de agricultores de toda a União Europeia manifestaram-se em Bruxelas contra as propostas de reforma da Política Agrícola Comum (PAC) e o acordo comercial com o Mercosul, expressando receios sobre o futuro do setor.
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Cerca de 12 mil agricultores de todos os Estados-membros da União Europeia participaram numa manifestação em Bruxelas, organizada pela Copa-Cogeca, a principal central sindical agrícola europeia.

O protesto visou contestar a proposta da Comissão Europeia para a futura Política Agrícola Comum (PAC) para o período 2028-2034, nomeadamente a redução do orçamento destinado à agricultura, e o acordo comercial entre a UE e o Mercosul.

A delegação portuguesa, liderada pela Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), marcou presença com mais de duas dezenas de representantes.

O presidente da CAP, Álvaro Mendonça e Moura, criticou a proposta de reduzir em 20% o orçamento agrícola num contexto em que o orçamento global da União aumenta 40%, dando-se prioridade a outras áreas como a defesa.

Segundo a CAP, estas alterações representam um retrocesso para a única política verdadeiramente comum da Europa e prejudicarão particularmente Portugal, nomeadamente através da fusão do desenvolvimento rural com a coesão territorial, o que poderá acentuar as desigualdades entre países. Os agricultores consideram que as propostas desvirtuam a PAC, que descrevem como um pilar da soberania e estabilidade da UE, essencial para garantir a segurança alimentar e o desenvolvimento do meio rural.

Outra grande preocupação é o acordo com o Mercosul, que, no entender dos manifestantes, poderá aumentar a concorrência de produtos com padrões ambientais e sociais menos exigentes, ameaçando a viabilidade das explorações agrícolas europeias.

A manifestação acontece numa altura em que Portugal registou a segunda maior quebra na produtividade agrícola da UE.

Paradoxalmente, o protesto ocorre numa semana em que a Comissão Europeia anunciou medidas para reduzir a burocracia e um financiamento recorde de 205 milhões de euros para a promoção de produtos agroalimentares em 2026.

Além disso, o Parlamento Europeu aprovou recentemente novas regras para conferir maior flexibilidade e apoio aos agricultores no âmbito da PAC.

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