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Manifestação em Lisboa Contra a Reforma Laboral do Governo

Milhares de pessoas manifestaram-se em Lisboa, numa iniciativa convocada pela CGTP, em protesto contra o anteprojeto de reforma da legislação laboral apresentado pelo Governo. A contestação, que juntou trabalhadores de todo o país, contou com duras críticas por parte de dirigentes sindicais e políticos.
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No passado sábado, 20 de setembro, milhares de pessoas de vários distritos do país, incluindo Santarém, Leiria, Castelo Branco, Lisboa, Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Algarve, concentraram-se em Lisboa para uma manifestação nacional promovida pela CGTP-IN. O protesto, que partiu da Praça Marquês de Pombal em direção aos Restauradores, decorreu sob o lema “Mais salários e direitos – Outro rumo é possível!” e teve como objetivo contestar o anteprojeto de reforma laboral do Governo, que a central sindical considera um “verdadeiro retrocesso” nos direitos dos trabalhadores, apontando ainda a existência de propostas inconstitucionais.

Durante a manifestação, os participantes empunharam cartazes com frases como “35 horas para todos”, “não ao pacote laboral” e “contra a política de direita e exploração – por uma vida digna”, entoando cânticos como “o pacote laboral é retrocesso social”.

O evento estava programado para terminar com intervenções da Interjovem e do secretário-geral da CGTP-IN, Tiago Oliveira.

A contestação surge apesar de o Governo se ter comprometido, na reunião de Concertação Social de 10 de setembro, a apresentar uma nova versão do anteprojeto com “evoluções” em matérias de família e parentalidade.

Presente na manifestação, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, classificou as alterações propostas como um “ataque brutal” aos trabalhadores, afirmando que “não têm ponta por onde se pegue” e que são para “rejeitar tudo”.

Segundo Raimundo, o pacote laboral introduz “mais precariedade”, “maior desregulação dos horários” e o “despedimento sem justa causa”.

O dirigente comunista acusou o Governo de usar como tática a apresentação de propostas “inaceitáveis” sobre a amamentação para depois recuar, fazendo com que o restante pacote parecesse aceitável. Criticou também as intenções de alteração à lei da greve, ironizando que o Governo quer manter o direito, mas impedir que os trabalhadores o possam exercer. Paulo Raimundo defendeu que o Governo “dá a voz” aos objetivos do patronato, partilhados por partidos como o Chega e a Iniciativa Liberal, que visam aumentar a exploração.

Mostrou-se convicto de que a forte adesão ao protesto demonstra uma “grande rejeição” ao pacote laboral e que esta jornada de luta permitirá “alargar a consciência” dos trabalhadores para, de forma organizada, conseguirem “derrubar este pacote laboral”.

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