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Protestos contra corrupção em projetos anti-cheias

Milhares de filipinos manifestaram-se na capital, Manila, contra a corrupção governamental, na sequência de um escândalo relacionado com projetos multimilionários de controlo de cheias que se revelaram inexistentes ou de baixa qualidade.
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Milhares de pessoas reuniram-se na capital das Filipinas, Manila, para protestar contra a corrupção governamental. A manifestação principal ocorreu no dia 21 de setembro de 2025, no Parque Luneta, onde cerca de 13 mil cidadãos expressaram a sua indignação perante um escândalo de projetos de controlo de cheias que, apesar de terem orçamentos milionários, nunca foram concluídos, são de baixa qualidade ou simplesmente "projetos-fantasma". Esperava-se uma afluência ainda maior para o final do dia, numa rua com significado histórico, conhecida pelos protestos que levaram à deposição de Ferdinand Marcos, pai do atual presidente, em 1986. Este protesto em Manila foi precedido por uma manifestação de estudantes na cidade de Quezon, a 12 de setembro. Segundo dados do conselho estudantil, mais de dois mil jovens vestidos de negro protestaram na universidade local.

A frustração popular é evidente nas palavras de manifestantes como Aly Villahermosa, uma estudante de enfermagem, que questionou como pode haver orçamento para "projetos-fantasma" e não para o setor da saúde. Teddy Casino, líder de uma aliança de organizações de esquerda, exigiu a devolução dos fundos desviados e a condenação dos responsáveis a penas de prisão.

Em resposta à crescente contestação, o Presidente Ferdinand Marcos Jr. apelou para que os protestos fossem pacíficos e, já em agosto, havia ordenado uma investigação sobre os projetos em causa.

O governo criou um órgão independente para rever os contratos atribuídos pelo Departamento de Obras Públicas e Estradas.

Paralelamente, o Senado filipino está a conduzir a sua própria investigação, que inclui alegações de corrupção contra dois senadores.

O impacto financeiro do escândalo é significativo.

O ministro das Finanças, Ralph Recto, estima que os prejuízos para o erário público nos últimos dois anos ascendam a 1,771 mil milhões de euros. No entanto, a organização não governamental Greenpeace sugere um valor muito superior, próximo dos 15,3 mil milhões de euros.

A questão é particularmente sensível num país onde as cheias são um fenómeno frequente, agravado pelos tufões que se formam no oceano Pacífico.

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