Falha ou Sucesso? Ministra da Justiça Defende Segurança Prisional Após Intrusão em Alcoentre



Na segunda-feira, os guardas prisionais do Estabelecimento Prisional de Alcoentre detetaram, durante a madrugada, um saco numa camarata que continha 30 telemóveis, drogas, bebidas alcoólicas e uma corda. O material terá sido deixado por um intruso que conseguiu penetrar no perímetro da prisão, uma situação denunciada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) e que os Serviços Prisionais comunicaram às autoridades competentes. Durante uma audição parlamentar sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), a Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, considerou que o sistema de segurança funcionou. Em resposta à deputada do Chega, Cristina Rodrigues, a ministra afirmou que "é bom sinal que os guardas tenham detetado" o saco, acrescentando que não distingue "o sistema de segurança dos guardas prisionais". Na mesma audição, que começou com um atraso de duas horas e meia, a ministra abordou outros temas relacionados com o sistema prisional.
Anunciou que o ministério irá receber, até ao final do ano, um relatório de uma auditoria aos 49 estabelecimentos prisionais do país, dos quais 40 já foram inspecionados.
Rita Alarcão Júdice mencionou também um incidente ocorrido na cadeia de Tires, onde uma reclusa incendiou o colchão e pertences na sua cela.
A ministra informou que o caso está a ser analisado e que a reclusa demonstrou "preocupações de saúde", estando a receber tratamento, embora ainda não se saiba se necessitará de ser encaminhada para uma unidade de saúde mental.
No âmbito do investimento no sistema prisional, a ministra da Justiça destacou como uma das prioridades do Governo o lançamento do procedimento para a construção do novo Estabelecimento Prisional de São Miguel, nos Açores.
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