Gripe em Portugal: Medidas de Contingência e Apelos à Prevenção Face a Pico Antecipado

A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, assegurou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está preparado para o aumento da atividade gripal, que este ano começou mais cedo e se prevê mais intenso, levando à implementação de um plano de contingência.

Face a uma “atividade gripal crescente nas últimas semanas”, que já tem um “impacto visível nas unidades de saúde”, a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, garantiu que o SNS está preparado para dar a melhor resposta possível. A época gripal começou cerca de um mês antes do habitual, à semelhança de outros países europeus, e prevê-se que o seu impacto seja mais intenso nas próximas semanas, representando um risco acrescido para grupos vulneráveis como idosos e doentes crónicos.

A ministra alertou que as próximas oito semanas “vão ser particularmente exigentes”.

Para coordenar a resposta hospitalar, foi antecipada em duas semanas a criação de uma ‘task-force’, cuja coordenação ficará a cargo da Direção Executiva do SNS.

Entre as medidas anunciadas está a possibilidade de interrupção das cirurgias programadas, com exceção das oncológicas e de urgência, caso os serviços de urgência fiquem sobrecarregados. Adicionalmente, haverá um reforço de camas, nomeadamente na Região de Lisboa e Vale do Tejo, onde a Santa Casa da Misericórdia irá disponibilizar um total de 180 camas (27 sociais, 112 de apoio a internamento e 50 para outras situações). O INEM, na mesma região, também aumentará a sua capacidade de resposta com mais ambulâncias e horários alargados nos centros de atendimento clínico.

O Ministério da Saúde apela à colaboração da população, incentivando a vacinação como forma de reforçar a imunidade.

Segundo a ministra, quase 2,3 milhões de pessoas já foram vacinadas.

Foi ainda feito um pedido para que os cidadãos usem máscara em espaços fechados e se protejam do frio para mitigar a propagação do vírus.