
Morte em Mogadouro durante greve do INEM



A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) concluiu que a morte de um homem de 82 anos em Mogadouro, Bragança, a 2 de novembro de 2024, poderá estar relacionada com um atraso no atendimento pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). O incidente ocorreu durante a greve dos técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) ao trabalho extraordinário, que decorreu entre 30 de outubro e 7 de novembro. Segundo o relatório da IGAS, foi encontrado um "indício disciplinar na atuação de um médico regulador do CODU do Porto". A inspeção considera que o médico não agiu "de forma diligente e zelosa" ao não acionar os meios de emergência médica diferenciados, nomeadamente a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), para o transporte do utente entre as urgências de Mogadouro e o Hospital de Bragança. Na sequência desta conclusão, o presidente do INEM, Sérgio Janeiro, anunciou a abertura de um processo disciplinar ao médico em questão, ressalvando que o procedimento "não é de todo presunção de culpa".
A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou ter lido o relatório, mas recusou-se a tecer comentários públicos sobre o seu conteúdo, remetendo para a nota de imprensa divulgada pela IGAS.
A ministra salientou que a sua responsabilidade é analisar as recomendações e, em conjunto com a presidência do INEM, avaliar as medidas a serem implementadas. Ana Paula Martins acrescentou que está a trabalhar na reforma do INEM há 17 meses, tendo solicitado auditorias à IGAS e à Inspeção Geral de Finanças para lidar com as "muitas dificuldades" do instituto. Este inquérito foi um dos 12 que a IGAS realizou sobre mortes ocorridas durante o período da greve dos técnicos do INEM.
Das investigações concluídas, a IGAS associou um total de três mortes a atrasos no socorro.
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