Reorganização ou Encerramento? O Futuro Incerto da Neonatologia do Hospital Dona Estefânia

A Unidade Local de Saúde de São José está a avaliar a reorganização do seu serviço de neonatologia, o que poderá ditar o fecho da unidade do Hospital Dona Estefânia. A ministra da Saúde nega o encerramento, mas confirma a existência de um projeto para concentrar o serviço num único polo devido à falta de médicos.

O futuro do serviço de neonatologia do Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, está em avaliação, com a Unidade Local de Saúde (ULS) de São José a ponderar a sua reorganização. A principal razão para esta medida é a falta de médicos especialistas, que leva a ULS a planear a concentração do serviço, atualmente a funcionar em dois polos, num único local.

Segundo a imprensa, este polo único seria na Maternidade Alfredo da Costa (MAC), implicando o encerramento do serviço no Dona Estefânia.

Um dos artigos refere ainda que os bebés em tratamento seriam transferidos para o Hospital de Santa Maria.

Em reação à notícia, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou que "não está previsto o encerramento" da unidade.

No entanto, a governante confirmou a existência de "um projeto para a reorganização" do serviço, motivado pela "dificuldade de Recursos Humanos" no Serviço Nacional de Saúde.

Este projeto visa otimizar o trabalho em rede que já existe entre o Hospital Dona Estefânia e a Maternidade Alfredo da Costa, consolidando-os num só polo.

A ministra sublinhou que o projeto ainda está a ser desenvolvido e recusou comentar futuros desenvolvimentos por não dispor de todos os dados. A ULS de São José corroborou a informação, explicando que a unidade de neonatologia "funciona em dois polos, estando a ser avaliada a possibilidade de a reorganizar e juntar num só polo".

Apesar da confirmação da avaliação em curso, a ULS não forneceu mais detalhes sobre a mudança.

A situação revela uma aparente divergência entre a perspetiva de um "encerramento", veiculada por algumas notícias, e a de uma "reorganização", defendida oficialmente pelo Ministério da Saúde e pela administração hospitalar.