
Eleições Autárquicas: Coligações e Campanhas



A dinâmica das coligações entre o PSD e o CDS-PP para as eleições autárquicas revela-se multifacetada, variando consideravelmente entre os diferentes concelhos.
No Funchal, por exemplo, a coligação PSD/CDS-PP, representada por Jorge Carvalho, manifesta a sua confiança na vitória e aposta na continuidade do trabalho desenvolvido, focando as suas propostas na habitação, nas acessibilidades e na oferta cultural para assegurar o progresso da cidade.
De forma semelhante, no Barreiro, a coligação PSD/CDS, com José Paulo Rodrigues como cabeça de lista, posiciona-se como a única alternativa viável à atual gestão do Partido Socialista.
A campanha local contou com um forte apoio, evidenciado por um jantar que reuniu centenas de apoiantes e a presença de um ministro. Em contraste, no município de Sintra, o CDS-PP optou por um caminho distinto do seu parceiro habitual. Maurício Rodrigues, candidato pela coligação que une o CDS ao PPM e ADN, fez questão de sublinhar que o seu projeto é "diferenciador" e autónomo em relação ao do PSD. Rodrigues, que nas eleições anteriores foi eleito numa coligação que incluía o PSD, afirma agora que o CDS não receia concorrer de forma independente.
A campanha eleitoral é também marcada por momentos de tensão, como o ocorrido em Abrantes.
Neste concelho, o PSD e o CDS denunciaram uma alegada violação do princípio de neutralidade por parte do atual autarca, que é recandidato. A acusação refere que este se deslocou a uma Unidade Local de Saúde (ULS) na companhia de um médico para garantir aos utentes a continuidade de um serviço, utilizando a estrutura pública para validar uma promessa de cariz político.
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Apesar do suspense inicial, Moedas acabou perto da maioria. Alexandra Leitão teve menos votos do que a soma dos votos que os partidos da coligação tiveram em 2021. Chega ficou à frente da CDU.

O PSD teve o maior número de Câmaras. O PS ganhou bastiões do PSD e da CDU. O Chega conquistou as primeiras autarquias. O editor de política, Rui Pedro Antunes, é o convidado.

Os sociais-democratas conquistaram mais 22 câmaras e os socialistas perderam 22. Enquanto o PSD arrebatou as cinco grandes, o PS ganhou cinco capitais de distrito. Numa noite de derrota do PCP, o Chega ficou muito abaixo das expetativas, mas ganhou as suas primeiras três autarquias

Nas autárquicas de 2021 a abstenção tinha sido de 46,4%. Nas eleições deste domingo, registou-se a taxa mais baixa desde as eleições de 2005. Entre concelhos, há grandes diferenças: em alguns casos, mais de metade dos inscritos não votaram; noutros, a abstenção ficou abaixo dos 20%