
Posição da China sobre Segurança Global e Relações com os EUA



No Fórum Xiangshan, o principal evento anual de diplomacia militar da China, o Ministro da Defesa, Dong Jun, denunciou as "lógicas hegemónicas" e os "atos de intimidação", numa referência velada aos Estados Unidos. Sem nomear diretamente o país, Dong alertou para as "novas ameaças" à paz, como a "mentalidade de Guerra Fria", e criticou a "suposta liberdade de navegação" defendida por nações externas à região, afirmando que a China, ao proteger os seus interesses marítimos, defende a ordem do pós-guerra e o direito internacional. O ministro invocou o incidente de Mukden de 1931 como um lembrete histórico contra a hegemonia. Um dos pontos centrais do discurso foi a questão de Taiwan, que Dong Jun descreveu como pertencendo "inequivocamente" à China e sendo uma "parte inalienável" do seu território.
O ministro garantiu que o Exército de Libertação Popular (ELP) "nunca permitirá que qualquer tentativa separatista triunfe" e está preparado para "frustrar qualquer interferência militar externa", numa alusão ao apoio dos EUA à ilha.
Esta posição surge num contexto de crescente pressão militar chinesa sobre Taiwan, com manobras e incursões aéreas frequentes.
Paralelamente às tensões geopolíticas, foi alcançado um acordo entre a China e os EUA sobre a aplicação TikTok.
A imprensa oficial chinesa descreveu o pacto como sendo baseado na "cooperação mutuamente benéfica" e no "respeito mútuo".
Na sequência das negociações, o Presidente dos EUA, Donald Trump, adiou a proibição da aplicação para 16 de dezembro, para permitir que a empresa-mãe, ByteDance, venda a sua operação nos EUA.
A lei norte-americana visa impedir o acesso do governo chinês a dados de utilizadores, uma alegação que Pequim nega.
As autoridades chinesas afirmaram que irão rever as questões relacionadas com a exportação de tecnologia e propriedade intelectual do TikTok, apelando a Washington por um ambiente de negócios justo.
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