Investimento de Portugal na Defesa Antiaérea

O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, garantiu que Portugal está a investir em sistemas de defesa antiaérea, afirmando que esta área não constitui uma preocupação imediata devido aos investimentos em curso.

As declarações foram proferidas aos jornalistas em Lisboa, após presidir à cerimónia de entrega das espadas aos novos oficiais do Exército na Academia Militar.

Nuno Melo detalhou que o investimento se concentra em equipamentos de defesa antiaérea de baixa e média altitude.

O ministro esclareceu que sistemas mais avançados, como o Patriot, não estão a ser considerados por falta de recursos financeiros.

Este esforço de modernização está enquadrado no cronograma estabelecido pelo Governo para cumprir a meta de investimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa, objetivo que foi antecipado para 2025.

Contudo, não foram fornecidos pormenores sobre a dimensão ou o calendário específico destes investimentos.

O governante sublinhou que este é um investimento abrangente nas Forças Armadas, que não se via "há décadas".

Para além da defesa antiaérea, estão a ser feitos investimentos nos três ramos das Forças Armadas, incluindo a aquisição de satélites, navios e aeronaves.

Nuno Melo mencionou ainda os seis mil milhões de euros em empréstimos propostos pela Comissão Europeia a Portugal, no âmbito do programa Ação Securitária para a Europa (SAFE), como uma fonte de financiamento para esta modernização.

O ministro defendeu também a estratégia do Governo, que priorizou, numa primeira fase, o investimento no pessoal das Forças Armadas, nomeadamente através de melhorias salariais. A fase atual foca-se no reequipamento militar, realizado "de acordo com as capacidades do país".