Medicina na UTAD: Uma Oportunidade Estratégica Condicionada por Crise Institucional



A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) aprovou a criação de um mestrado integrado em Medicina na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), atribuindo uma acreditação condicional por um período de dois anos. O curso, desenvolvido em parceria com a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD), prevê a abertura de 40 vagas anuais, com o início previsto para o ano letivo de 2026/27. Este projeto é visto como um marco estratégico para a coesão territorial, a fixação de profissionais de saúde no interior e a melhoria dos cuidados de saúde na região. O plano de estudos foca-se na humanização, na proximidade com o paciente e nos cuidados de saúde primários, com um ensino assente em pequenos grupos e casos clínicos.
A Associação Nacional de Estudantes de Medicina considera que a iniciativa poderá aliviar a sobrelotação noutras escolas médicas do país. Para a sua implementação, está prevista a criação de um centro de simulação e um sistema de transportes para ligar a universidade aos hospitais de Vila Real, Chaves e Lamego, bem como a 23 centros de saúde. No entanto, o Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, alertou que o funcionamento do curso está em risco devido a uma “crise institucional grave” na UTAD, relacionada com a falta de um conselho geral completo.
O ministro garantiu que o Governo disponibilizará os recursos orçamentais necessários, mas sublinhou que a instituição precisa de reunir as condições para tal. Fernando Alexandre determinou a realização de eleições, afirmando que, sem a resolução desta crise, o curso de Medicina não poderá funcionar em 2026/27.
A acreditação condicional da A3ES, obtida após duas tentativas anteriores, exige o cumprimento de várias condições, como a formação do corpo clínico e docente e o aumento do número de docentes com doutoramento.
A vice-reitora da UTAD, Carla Amaral, e o presidente da ULSTMAD, Ivo Oliveira, saudaram a aprovação como uma “boa notícia” e um passo decisivo para o futuro da saúde na região.
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