Governo Refuta Narrativa Anti-Imigração: Dados Contradizem Associação a Crime e Dependência Social

O Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, refutou veementemente no parlamento as alegações que associam os imigrantes à criminalidade e à dependência do Estado social, classificando-as como falsas e desmentidas pelos dados.

Durante o debate de especialidade da proposta do Governo para o Orçamento de Estado para 2026 (OE2026), o Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, respondeu a deputados do partido Chega, rejeitando categoricamente a associação entre imigração, criminalidade e dependência de apoios sociais.

O governante classificou como "falsa" e "injusta" a caracterização de pessoas estrangeiras que vivem em Portugal como "parasitas do Estado social" ou como "criminosos".

Leitão Amaro sublinhou que "o crime não tem cor de pele, nacionalidade e religião nem na vítima, nem no autor".

Segundo o ministro, as associações feitas são "desmentidas pelos números" e representam uma tentativa de "instrumentalizar e criar uma mentira na sociedade portuguesa". Para sustentar a sua posição, referiu que, apesar de a "imigração irresponsável" ter quadruplicado em Portugal, "a taxa de criminalidade e os números da criminalidade não tiveram uma evolução correlacional". No que diz respeito à alegada dependência de prestações sociais, o ministro da Presidência foi igualmente taxativo.

Em resposta direta ao deputado do Chega, Ricardo Reis, afirmou que os imigrantes contribuem "várias vezes mais do que recebem hoje". Leitão Amaro especificou que os imigrantes beneficiam do Rendimento Social de Inserção (RSI) e de outros apoios sociais em proporção inferior ao seu peso na população portuguesa, desmentindo a "ideia de parasitar" o sistema de segurança social.

O ministro repetiu por três vezes a palavra "falso" para enfatizar a sua rejeição a estas alegações.

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