
Governo avança com reforma da justiça tributária



O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, anunciou a intenção de rever as regras do processo tributário, assumindo o compromisso de reformar a justiça tributária durante a conferência “O Futuro do Contencioso Tributário”. No evento, foram apresentadas as conclusões do relatório da Comissão para a Revisão do Processo e Procedimento Tributário, entregue ao executivo em maio.
O ministro destacou que esta reforma é uma prioridade estratégica com objetivos definidos: reduzir litígios e pendências, aumentar a celeridade e eficácia dos processos, simplificar procedimentos, reforçar os direitos dos contribuintes e melhorar a resposta da administração fiscal.
Segundo Miranda Sarmento, uma justiça tributária mais célere e previsível reforça a confiança na economia, atrai investimento e reduz o risco financeiro para empresas e investidores, criando um ambiente fiscal mais justo e transparente.
O presidente da comissão da reforma, Rogério Fernandes Ferreira, indicou que o grupo de trabalho optou por sugerir ajustamentos “pontuais e circunstanciais” em vez de alterações estruturais, pois o modelo atual tem funcionado bem, focando-se em tornar as regras mais percetíveis para os contribuintes.
A modernização do sistema foi também um tema central.
O ministro-adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, admitiu o recurso à Inteligência Artificial para acelerar a tramitação processual nos tribunais administrativos e fiscais, embora tenha sublinhado a necessidade de manter o controlo humano nas decisões para proteger o interesse público.
A ministra da Justiça, Rita Júdice, afirmou ser crucial que os tribunais disponham dos meios necessários para decidir em tempo razoável.
Para tal, o Governo está a introduzir mecanismos de agilização processual e a investir em sistemas de informação que permitam uma maior interoperabilidade entre tribunais e a aplicação plena das citações e notificações eletrónicas.
Artigos
4



Economia
Ver mais
Comprador da TAP impedido de vender por cinco anos
Caderno de encargos estabelece que dono de 44,9% do capital da companhia aérea fica impossibilitado de alienar a sua participação por um período de cinco anos.

Interessados já podem levantar o caderno de encargos da TAP
A corrida à venda da TAP já teve o tiro de partida. O Governo publicou esta segunda-feira o caderno de encargos que dá a conhecer todas as especificidades da privatização da companhia aérea e já há interessados para levantar o dossiê.

Otimismo “ma non troppo”
O aumento dos gastos, combinado com a redução da receita fiscal, pode ser meio caminho para um aumento da pressão sobre as contas públicas com efeitos imprevisíveis.

Interessados já podem levantar o caderno de encargos da TAP
A corrida à venda da TAP já teve o tiro de partida. O Governo publicou esta segunda-feira o caderno de encargos que dá a conhecer todas as especificidades da privatização da companhia aérea e já há interessados para levantar o dossiê.