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Ministro israelita exige prisão para ativistas de flotilha humanitária

A interceção de uma flotilha humanitária com destino a Gaza e a detenção dos seus ativistas geraram uma forte reação do ministro da Segurança Nacional de Israel, que exige a sua prisão prolongada em vez da deportação.
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O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, figura da extrema-direita, instou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a manter detidos os mais de 470 ativistas da Flotilha Global Sumud, intercetada pela Marinha israelita quando se dirigia para a Faixa de Gaza.

A missão, composta por 42 embarcações, transportava ajuda humanitária, como alimentos e medicamentos, e tinha como objetivo romper simbolicamente o cerco ao território palestiniano.

Os ativistas foram transferidos para a prisão de alta segurança de Saharonim, no deserto do Neguev. Numa publicação na rede social X, Ben Gvir defendeu que os ativistas deviam ficar “numa prisão israelita durante alguns meses para se habituarem ao cheiro da ala terrorista”.

O ministro visitou também o porto de Ashdod, onde insultou os ativistas, chamando-lhes “terroristas”, e alegou, sem apresentar provas, que teriam sido encontradas armas nos navios.

Ben Gvir, juntamente com o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, é considerado uma das vozes mais radicais do governo israelita, defendendo a continuação da guerra e a ocupação total de Gaza.

Entre os detidos encontram-se quatro cidadãos portugueses: a líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, manifestou a esperança de que regressem ao país “sem nenhum incidente”, considerando que a mensagem humanitária da flotilha foi transmitida.

A ação ocorre num contexto de grave crise humanitária em Gaza, onde a guerra iniciada em outubro de 2023 já causou mais de 66.000 mortos e 169.000 feridos, na sua maioria civis. As Nações Unidas declararam oficialmente o estado de fome na cidade de Gaza a 22 de agosto de 2025 e uma comissão da organização acusou Israel de genocídio e de usar a fome como arma de guerra.

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