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Crise dupla no governo brasileiro: tensões com os EUA e reconfiguração política interna

O governo do Brasil enfrenta uma dupla crise, marcada por tensões diplomáticas com os Estados Unidos que levaram um ministro a cancelar a sua ida à Assembleia Geral da ONU e por uma reestruturação política interna que culminou na demissão de outro membro do executivo.
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O governo brasileiro enfrenta uma crise diplomática com os Estados Unidos, que levou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a desistir de participar na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.

A decisão foi motivada pelas restrições impostas pelos EUA ao seu visto, que limitavam a sua circulação entre o aeroporto, o hotel e a sede da ONU.

Estas sanções estão relacionadas com a participação de Padilha, enquanto ministro da Saúde em 2013, na assinatura de um acordo para a contratação de médicos cubanos. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, classificou as restrições como "injustas" e "absurdas", tendo solicitado a intervenção do secretário-geral da ONU com base no Acordo de Sede da organização, que proíbe tais impedimentos. Este incidente ocorre num contexto de tensões diplomáticas e comerciais crescentes entre os dois países, que incluem a imposição de tarifas de 50% por parte dos EUA a produtos brasileiros e a recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, um aliado de Donald Trump, que foi descrita por figuras políticas norte-americanas como uma "caça às bruxas". Paralelamente, o governo de Lula da Silva enfrenta uma crise política interna com a saída do ministro do Turismo, Celso Sabino. A sua demissão surge após um ultimato do seu partido, o União Brasil, que, juntamente com o partido Progressistas, anunciou a saída da base do governo.

Estes dois partidos formaram uma nova federação, a União Progressista, que detém a maior bancada no Congresso Nacional.

A rutura do União Brasil com o executivo foi precipitada por uma reportagem que ligava o presidente do partido, Antonio de Rueda, ao Primeiro Comando da Capital (PCC), o maior grupo criminoso do país. A reportagem acusa Rueda de ser proprietário de aeronaves operadas pelo PCC, uma alegação que ele rejeita.

Celso Sabino deverá permanecer em funções durante alguns dias, até ao regresso do Presidente Lula da Silva de Nova Iorque.

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