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A importância de desmistificar os Cuidados Paliativos

A propósito do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, celebrado a 11 de outubro, especialistas e iniciativas de sensibilização sublinham a necessidade de desconstruir mitos e alargar o acesso a este apoio essencial, que visa promover a qualidade de vida de doentes com doenças graves e das suas famílias desde as fases iniciais da doença.
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Os Cuidados Paliativos (CP) são uma área da medicina focada na melhoria da qualidade de vida de pessoas com doenças graves, incuráveis e progressivas, bem como das suas famílias.

Contrariamente à crença popular, não se destinam apenas aos momentos finais da vida, devendo ser iniciados precocemente, sempre que exista sofrimento físico, emocional, social ou espiritual.

Estes cuidados não substituem a medicina curativa, mas complementam-na, oferecendo um apoio integral ao longo de toda a trajetória da doença.

A crescente longevidade e o aumento das doenças crónicas tornam a expansão dos CP uma urgência.

É fundamental desconstruir mitos persistentes que limitam o acesso a este direito.

Um dos equívocos é que os CP são apenas para doentes oncológicos, quando na verdade beneficiam pessoas com insuficiência cardíaca, respiratória, renal ou doenças neurodegenerativas.

Outro mito é que a morfina é um sinal de fim de vida, tratando-se, na realidade, de um fármaco seguro e eficaz no controlo da dor e da falta de ar, que devolve conforto e bem-estar. O futuro dos CP passa pela integração de novas tecnologias, como a telemedicina e dispositivos de monitorização, que podem ampliar a eficácia e a acessibilidade dos cuidados, sem nunca substituir a dimensão humana. No entanto, para que isso aconteça, são necessárias políticas de saúde que reconheçam os CP como um direito universal, garantindo equipas multidisciplinares com formação e recursos adequados. A literacia da população sobre o tema é igualmente crucial para que se compreenda que paliar não significa desistir, mas sim cuidar ativamente da vida.

Neste contexto, surgem iniciativas como uma caminhada de sensibilização organizada pela Equipa Intra-Hospitalar de Medicina Paliativa de Santa Maria, dirigida aos profissionais de saúde. Adicionalmente, existem projetos focados em populações específicas, como um que prevê o acompanhamento de cerca de 250 crianças e jovens em cuidados paliativos ao longo de três anos, apoiando também os seus pais e os profissionais envolvidos.

Estas ações refletem o esforço contínuo para assegurar que cada pessoa possa viver com dignidade e qualidade até ao fim.

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