Cimeira Luso-Moçambicana: Nova Energia para a Cooperação Económica e Política



A VI Cimeira Bilateral entre Portugal e Moçambique decorre no Porto com o objetivo de aprofundar a cooperação e relançar as relações entre os dois países.
O encontro, que junta o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e o presidente moçambicano, Daniel Chapo, acompanhados por 22 ministros de ambos os governos, prevê a assinatura de cerca de duas dezenas de acordos em áreas estratégicas.
Entre os domínios abrangidos estão as finanças públicas, a digitalização, as energias renováveis, a reforma da administração pública, a saúde, a educação e a agricultura.
A componente económica assume um papel central na cimeira.
À margem do encontro, realiza-se um fórum de negócios, promovido pela AICEP, para divulgar oportunidades de investimento e reforçar as parcerias empresariais. Atualmente, cerca de 500 empresas portuguesas operam em Moçambique, e a intenção é aprofundar esta presença de longo prazo. Durante a cimeira, serão também discutidos novos instrumentos de apoio ao financiamento da economia moçambicana, bem como a possibilidade de investimentos de empresas moçambicanas em Portugal.
O encontro é visto por ambos os governos como uma oportunidade para injetar "nova energia" na relação bilateral, dado que tanto Luís Montenegro como Daniel Chapo, empossado em janeiro, se encontram numa fase inicial dos seus mandatos políticos.
Além dos temas económicos, a agenda inclui a cooperação nas áreas da mobilidade, segurança e defesa.
Neste contexto, o primeiro-ministro português reafirmou o compromisso de Portugal em continuar a apoiar Moçambique na estabilização da província de Cabo Delgado, que tem sido alvo de ataques terroristas. Na sua segunda visita a Portugal desde que tomou posse, o Presidente Daniel Chapo manifestou a expectativa de que a cimeira produza "resultados concretos para o povo" moçambicano. Antes do início dos trabalhos, o chefe de Estado moçambicano reuniu-se com a comunidade moçambicana residente no Porto, que faz parte dos cerca de 10 mil moçambicanos que se estima viverem em Portugal.












