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A Verdade Distorcida: Modelos de IA Demonstram Baixa Fiabilidade em Notícias Atuais

Um estudo internacional coordenado pela União Europeia de Radiodifusão revela que os assistentes de Inteligência Artificial falham em quase metade das vezes ao responder a questões sobre notícias atuais, apresentando imprecisões, informações desatualizadas e até detalhes inventados.
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Uma investigação em larga escala, coordenada pela União Europeia de Radiodifusão (UER) e com a participação de 22 meios de comunicação públicos de 18 países, concluiu que os assistentes de Inteligência Artificial (IA) ainda não são uma fonte fiável para o consumo de notícias.

O estudo analisou quatro dos modelos mais utilizados — ChatGPT, Copilot, Gemini e Perplexity — e descobriu que, no geral, 45% das respostas a perguntas sobre atualidade continham “pelo menos um problema significativo”.

Os problemas detetados foram variados, com 31% das respostas a apresentarem falhas relativas às fontes e 20% a conterem graves erros de precisão, incluindo informações obsoletas ou “detalhes inventados”. Entre os modelos testados, o Gemini destacou-se pelo pior desempenho, com problemas significativos detetados em três quartos das suas respostas, mais do dobro dos outros assistentes, maioritariamente devido à sua incapacidade de citar fontes corretamente. Em Portugal, a RTP participou no estudo e os resultados foram consistentes com a média global, com 44% das respostas a apresentarem problemas significativos, como a falta de fontes diretas ou erros de conteúdo. O modelo Gemini foi também o que registou mais falhas no contexto português, com 82% de respostas problemáticas, enquanto o ChatGPT e o Gemini foram os que mais erraram na atribuição de citações à RTP. Um exemplo concreto da falta de fiabilidade foi a resposta do Copilot que, em junho, indicou incorretamente o vencedor das eleições legislativas de 2024, em vez das que ocorreram em maio de 2025, uma semana antes da pergunta ser feita. Perante estes resultados, os autores do estudo sublinham a importância de uma avaliação crítica das respostas geradas pela IA, especialmente quando estas se referem a fontes jornalísticas.

As conclusões surgem num momento em que o uso destas ferramentas para obter informação está a crescer, particularmente entre os mais jovens.

Um relatório do Instituto Reuters revelou que 15% dos jovens com menos de 25 anos já utilizam modelos de IA semanalmente para obter resumos de notícias.

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