Cimeira do Clima em Belém: Entre a Ambição Diplomática e a Realidade de um Planeta em Aquecimento



A cidade amazónica de Belém, no Brasil, é o palco da Cimeira do Clima, um encontro de alto nível que antecede a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), agendada para decorrer na mesma cidade entre 10 e 21 de novembro. Convocada pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, a cimeira visa preparar o terreno político e diplomático para a COP30, reunindo delegações de 143 países, das quais 57 são chefiadas pelos respetivos líderes de Estado ou de Governo.
Entre as presenças confirmadas encontram-se o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
No entanto, o encontro fica marcado pela ausência dos líderes dos três países mais poluidores do mundo: China, Estados Unidos e Índia.
Os EUA não enviarão representantes, enquanto a China será representada pelo seu vice-primeiro-ministro.
A escolha de Belém como anfitriã, apesar de simbólica por ser no coração da maior floresta tropical do mundo, trouxe desafios logísticos, levando a que organizações como a Organização Meteorológica Mundial e a Organização Mundial da Saúde reduzissem as suas delegações.
A agenda de dois dias de Luís Montenegro inclui um discurso na sessão plenária de líderes e a participação em mesas temáticas sobre "Clima e Natureza: Florestas e Oceanos" e "Transição Energética". O primeiro-ministro assistirá ainda ao lançamento de um fundo global para a proteção das florestas tropicais, uma iniciativa de Lula da Silva.
A sua visita a Belém termina com encontros com a comunidade portuguesa local, nomeadamente no Hospital Beneficente Portuguesa do Pará e no Grémio Literário e Recreativo Português, antes de partir para a Colômbia para a Cimeira UE-CELAC.
O evento decorre sob um forte dispositivo de segurança e num contexto de urgência climática. Um relatório recente do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) alerta que, mesmo com o cumprimento das metas atuais, o aquecimento global deverá atingir entre 2,3 °C e 2,5 °C neste século, ultrapassando significativamente o limite de 1,5 °C do Acordo de Paris.
O documento sublinha que as emissões globais continuam a aumentar, impulsionadas por países como a Índia e a China, reforçando a necessidade de uma ação climática mais ambiciosa.
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