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O artista algarvio Daniel Vieira morreu aos 88 anos

O artista multifacetado Daniel Vieira, figura proeminente da cultura de Alte e do Algarve, faleceu aos 88 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A sua morte deixa de luto a comunidade de Loulé, que recorda o pintor, escultor e músico como um embaixador da sua terra.
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Daniel Vieira, uma figura incontornável da cultura popular de Alte, no concelho de Loulé, morreu esta terça-feira, 23 de dezembro, aos 88 anos, no Hospital de Faro. O artista não resistiu a um AVC sofrido na sexta-feira anterior, 19 de dezembro. A Câmara Municipal de Loulé e a Junta de Freguesia de Alte manifestaram publicamente o seu profundo pesar, enaltecendo o legado de Vieira como um "verdadeiro embaixador de Alte" e recordando a sua personalidade "irreverente e sonhadora". Nascido em Alte a 3 de junho de 1937, Daniel José Ramos Vieira dedicou-se às artes desde muito jovem, por influência do seu pai, José Vieira, também ele pintor, escritor e músico. Com 20 anos, mudou-se para Lisboa, onde se matriculou na Escola António Arroio e, posteriormente, licenciou-se em Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, com especialização em Gravura.

Foi membro da Sociedade de Gravadores Portugueses e expôs as suas obras em Portugal e no estrangeiro, recebendo diversos prémios.

Em Alte, fundou e manteve o seu ateliê "Hortas das Artes – Centro de Artes e Culturas", um espaço de criatividade onde também ensinava outros artistas. Além das artes plásticas, Daniel Vieira era um talentoso músico, fadista e multinstrumentista, conhecido por tocar cavaquinho e bandolim "à sua maneira".

Foi um dinamizador das tradições da serra algarvia, tendo participado no Grupo Folclórico de Alte e no grupo Almanaque, além de ter criado os grupos Levante e Erva Doce. Desenvolveu também trabalhos de recolha na área da música e literatura populares, demonstrando um profundo amor pela sua terra, que considerava a sua principal fonte de inspiração.

O funeral partirá da Igreja Matriz de Alte, mas realizar-se-á apenas nos primeiros dias do novo ano.

Esta particularidade deve-se a uma instrução deixada pelo próprio artista para não ser sepultado antes de decorridos oito dias após a sua morte.

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