Morte do estilista Giorgio Armani

O designer de moda italiano Giorgio Armani morreu esta quinta-feira, aos 91 anos, em Milão, rodeado pelos seus entes queridos. A notícia foi confirmada pelo Grupo Armani através de um comunicado, no qual se destacou que o fundador da marca trabalhou “até aos últimos dias”, dedicando-se à empresa que criou e aos seus vários projetos.

Nascido em Piacenza em 1934, Armani iniciou uma carreira em medicina, que abandonou ao fim de dois anos para trabalhar como decorador de montras numa loja em Milão, a La Rinascente. A sua paixão pela moda levou-o a fundar a sua marca homónima em 1974, começando com uma linha masculina.

No ano seguinte, lançou a sua primeira coleção feminina, que o catapultou para o reconhecimento internacional.

Conhecido como “Rei Giorgio”, Armani tornou-se um nome incontornável da moda do século XX ao revolucionar o vestuário com os seus “looks desestruturados” e o conceito de “casual-chique”.

A sua abordagem, que passava por adaptar trajes tradicionalmente masculinos para o guarda-roupa feminino, com cortes sóbrios e tecidos de qualidade, redefiniu a alfaiataria.

O seu controlo era total, supervisionando todos os detalhes, desde as coleções às campanhas publicitárias.

Ao longo de quase 50 anos de carreira, o grupo expandiu-se, criando linhas mais acessíveis como a Emporio Armani em 1991, para chegar a um público mais jovem, e diversificando para áreas como a hotelaria e o desporto. Apesar de algumas polémicas relacionadas com a sustentabilidade, procurou adaptar-se a práticas mais responsáveis.

Em junho, pela primeira vez, o estilista falhou um desfile por motivos de saúde, embora tenha continuado a trabalhar nas coleções.