
Morte do historiador António Borges Coelho



O historiador António Borges Coelho faleceu aos 97 anos, vítima de uma infeção respiratória.
Segundo a editorial Caminho, a sua morte ocorreu numa unidade de saúde de apoio nos arredores de Lisboa, onde se encontrava a ser acompanhado. Natural de Murça, Trás-os-Montes, onde nasceu a 7 de outubro de 1928, Borges Coelho foi uma figura multifacetada, destacando-se não só como historiador, mas também como professor, escritor, investigador, poeta e combatente antifascista. A sua ligação à Universidade de Lisboa, onde foi aluno e professor catedrático jubilado da Faculdade de Letras, foi reconhecida em 2018 com o Prémio Universidade de Lisboa.
O júri, presidido pelo então reitor António Cruz Serra, justificou a distinção com o seu "singular percurso na historiografia portuguesa" e o seu "trabalho inovador". Foi também sublinhada a relevância do seu percurso científico, a grande erudição e acessibilidade da sua obra, e o seu "comprometimento com a cultura e a língua", destacando-se que foi perseguido em "circunstâncias adversas" durante a ditadura. Ao longo da sua carreira, Borges Coelho foi agraciado com importantes condecorações, incluindo a Ordem de Sant'Iago da Espada em 1999 e a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade em 2018.
A sua vasta bibliografia abrange poesia, ficção, ensaio e teatro.
Entre as suas dezenas de obras, destacam-se títulos como "As Raízes da Expansão Portuguesa", "A Revolução de 1383", "Portugal na Espanha Árabe", "A Inquisição de Évora" e os sete volumes da sua História de Portugal.
Ainda este ano, publicou na editora Caminho a coletânea "Poemas".
Em 2018, numa entrevista à agência Lusa, o historiador afirmou que "a História é uma ciência perigosa".
Apesar do seu estatuto de professor catedrático, descrevia-se como "um cidadão normal" que gostava de se sentir "igual aos outros", manifestando alegria com os tributos que lhe eram prestados por "amigos e pessoas sinceras". "Alegra-me quando as pessoas acham que fiz alguma coisa de útil", declarou.
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