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Morreu o maestro José Luís Borges Coelho aos 85 anos

O maestro José Luís Borges Coelho, figura proeminente da cultura, academia e ativismo cívico em Portugal, faleceu este domingo aos 85 anos, deixando um legado marcante em diversas áreas da sociedade portuguesa.
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O maestro, professor e musicólogo José Luís Borges Coelho morreu este domingo aos 85 anos.

A notícia foi confirmada pelo Partido Comunista Português (PCP), do qual era militante.

Nascido em Murça, Vila Real, em 1940, Borges Coelho foi uma figura incontornável na vida cultural e cívica, destacando-se não só na música, mas também na vida académica e partidária.

Com uma formação diversificada, licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e concluiu o Curso Superior de Canto no Conservatório de Música da mesma cidade. A sua carreira académica foi notável, tendo presidido ao Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga e ao Conselho Científico da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) do Porto. Ocupou também cargos de direção no Liceu Alexandre Herculano, na Academia de Música de Viana do Castelo e na Cooperativa de Ensino Superior Artístico Árvore. No campo musical, foi o fundador do Coral de Letras da Universidade do Porto e compôs música para teatro e cinema.

Paralelamente à sua carreira artística e académica, José Luís Borges Coelho foi um ativo resistente antifascista e um "homem de Abril".

Como militante comunista, foi eleito pela CDU para as assembleias municipais de Murça e do Porto.

Numa nota de pesar, o PCP recordou-o como uma "figura incontornável na cultura da região e do País", destacando a sua "dimensão humana, o empenho cívico, a militância partidária e uma imensa generosidade".

O partido descreveu-o ainda como um "obreiro de Abril" e um "lutador incansável" pelos valores da justiça social.

As cerimónias fúnebres do maestro estão agendadas para segunda-feira, às 16:00, no Tanatório de Matosinhos.

A sua morte gerou reações, incluindo a do músico Pedro Abrunhosa.

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