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Morte do músico Hermeto Pascoal

O músico e compositor brasileiro Hermeto Pascoal, uma figura ímpar da música universal, morreu no sábado aos 89 anos, deixando um legado de inovação e liberdade criativa que atravessou fronteiras.
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O multi-instrumentista e compositor brasileiro Hermeto Pascoal morreu no sábado, aos 89 anos, no Rio de Janeiro.

A notícia foi confirmada pelo Hospital Samaritano Barra, onde se encontrava internado.

A família comunicou o falecimento nas redes sociais, afirmando que a sua "passagem para o plano espiritual" ocorreu com "serenidade e amor".

No exato momento da sua morte, a sua banda, Nave Mãe, encontrava-se em palco no Festival Acessa, em Belo Horizonte, tal como o músico desejaria.

Vencedor de três prémios Grammy Latinos, Pascoal era uma figura de renome internacional, descrito pelo trompetista norte-americano Miles Davis como "o músico mais impressionante do mundo". A sua carreira de mais de 70 anos foi marcada por uma abordagem autodidata e irreverente que cruzava a música brasileira, como o forró e o choro, com o jazz.

Fascinado desde cedo pelos sons da natureza, Hermeto era conhecido por transformar tudo numa orquestra, utilizando desde instrumentos convencionais a panelas, chaleiras e brinquedos, designando a sua arte como "música universal", o único rótulo que aceitava.

O seu percurso começou no estado de Alagoas, aprendendo acordeão na infância.

Nos anos 60, integrou o Quarteto Novo, que lhe abriu as portas para os Estados Unidos, onde gravou álbuns de projeção internacional e colaborou com Miles Davis.

Ao longo da carreira, editou perto de três dezenas de álbuns e atuou nos principais palcos mundiais, ao lado de artistas como Dizzy Gillespie e Elis Regina. Os seus álbuns "Natureza Universal" (2017) e "Pra você, Ilza" (2024) receberam o Grammy Latino de Melhor Álbum de Jazz.

Hermeto Pascoal manteve-se ativo até ao fim, com uma digressão europeia no verão e concertos agendados para Portugal entre 05 e 10 de novembro, nomeadamente em Lisboa, Braga, Viseu e Espinho. As atuações iriam centrar-se no seu último disco, "Pra você, Ilza", uma homenagem à sua companheira de mais de 50 anos, falecida em 2020. Recentemente, lançou um projeto de arquivo digital da sua obra e, no ano passado, publicou a biografia “Quebra tudo!

— A arte livre de Hermeto Pascoal”.

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