Rússia oferece apoio total à Venezuela contra o bloqueio naval dos Estados Unidos



O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, ofereceu “total cooperação” e apoio à Venezuela durante uma conversa telefónica com o seu homólogo venezuelano, Yván Gil.
Lavrov expressou a sua “firme solidariedade” para com o povo venezuelano e o Presidente Nicolás Maduro face às “hostilidades” e “agressões” dos Estados Unidos no mar das Caraíbas.
A Rússia comprometeu-se a levar esta posição à próxima reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Segundo Yván Gil, as manobras norte-americanas constituem “violações do direito internacional” e incluem ataques a embarcações, alegadas “execuções extrajudiciais” e atos descritos como “pirataria”.
Esta situação surge no contexto de uma intensificação da pressão por parte do governo de Donald Trump para travar o fluxo de crude venezuelano. Recentemente, os EUA intercetaram um terceiro petroleiro ao largo da costa da Venezuela, após a apreensão de um navio com bandeira panamiana que, segundo Washington, fazia parte da “frota fantasma” do país sul-americano.
A 10 de dezembro, as autoridades americanas já tinham apreendido o navio Skipper e confiscado o seu petróleo.
Posteriormente, o Presidente Trump ordenou um bloqueio total a petroleiros sancionados, acusando Nicolás Maduro de liderar o cartel de narcotráfico “Cartel de los Soles”, uma alegação que Caracas nega. A tensão aumentou com Trump a não descartar a possibilidade de uma guerra com a Venezuela.
Além do apoio russo, a Venezuela também recebeu uma oferta de cooperação “em todas as áreas” por parte do Irão.
Numa conversa telefónica, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, e Yván Gil discutiram o que consideram ser “pirataria e terrorismo internacional” promovidos pelos Estados Unidos, referindo-se ao “roubo de navios carregados com petróleo venezuelano”.



















