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Mota-Engil esclarece investimento de 1,2 mil milhões no túnel no Brasil depois de subir 10% em bolsa

A construtora Mota-Engil registou uma subida acentuada das suas ações na bolsa de Lisboa, impulsionada pela conquista de um contrato para a construção e operação do primeiro túnel submerso do Brasil.
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As ações da Mota-Engil registaram uma valorização expressiva, a rondar os 9%, na bolsa de Lisboa, após o anúncio da vitória no concurso para a construção e gestão do túnel submerso que ligará as cidades de Santos e Guarujá, no Brasil. O entusiasmo dos investidores refletiu-se num volume de negociação muito acima da média, com mais de 3,1 milhões de ações a movimentarem quase 17 milhões de euros, o que representa o dobro do volume médio diário do último ano. Este desempenho destacou a construtora como a empresa com a maior subida no índice PSI, contrastando com os ganhos modestos do mercado nacional e do setor de construção europeu. O projeto, considerado a maior obra de infraestrutura do governo de Lula da Silva, consiste numa concessão de 30 anos para construir e operar o primeiro túnel deste tipo no Brasil. O investimento total previsto é de aproximadamente 1,1 mil milhões de euros (6,8 mil milhões de reais), a ser realizado através de uma parceria público-privada entre a concessionária, o Ministério dos Portos e Aeroportos do Brasil e o governo do estado de São Paulo.

A maior parte do financiamento (83%) será assegurada por fundos públicos, cabendo o restante à empresa portuguesa, que venceu o leilão contra a espanhola Acciona ao oferecer um desconto sobre a contraprestação pública.

A infraestrutura terá 1,5 quilómetros de extensão, dos quais 870 metros serão submersos, e contará com seis faixas de trânsito, incluindo uma dedicada a um futuro Veículo Leve sobre Trilhos, além de passagens para peões e ciclistas. A obra, que deverá arrancar em 2026 e ser concluída em 2030, promete reduzir o tempo de travessia entre as duas cidades de até uma hora para apenas um ou dois minutos.

Além da contraprestação pública, a Mota-Engil terá direito a cobrar uma portagem por veículo.

Esta conquista reforça a carteira de encomendas da empresa, que já ascendia a 14,7 mil milhões de euros, e consolida a sua estratégia de internacionalização, especialmente nos mercados da América Latina e de África.

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