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Mina de Volfrâmio na Galiza Ameaça Contaminar Rio e Parque Natural em Portugal

A exploração de uma mina de volfrâmio na Galiza, Espanha, está a gerar preocupação devido à sua proximidade com Portugal, com um movimento cívico a alertar para o risco de contaminação do rio Rabaçal e do Parque Natural de Montesinho.
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O Movimento UIVO, sediado em Vinhais, alertou para os potenciais impactos negativos de uma exploração mineira de volfrâmio a céu aberto em A Gudiña, na Galiza, Espanha. O projeto, liderado pela empresa Tungsten San Juan, uma filial da Eurobattery Minerals, localiza-se a apenas dois quilómetros da fronteira portuguesa e a 100 metros de uma linha de água, a Ribeira de Pente, que desagua no rio Rabaçal, já em território português. Segundo Sara Riso, membro do movimento, a exploração representa uma ameaça direta para o Parque Natural de Montesinho, uma vez que as aldeias portuguesas mais próximas, localizadas a jusante, se encontram dentro do perímetro do parque. A principal preocupação é a contaminação do rio Rabaçal, que, para além de colocar em causa os "valores ecológicos e humanos" da região, pode afetar um ponto de captação de água para consumo humano, resultando num potencial "problema de saúde pública". O Movimento UIVO critica a ausência de uma declaração de impacte ambiental transfronteiriça, um procedimento que considera obrigatório ao abrigo da Convenção de Espoo devido à proximidade da mina com a fronteira.

Sara Riso lamentou que o Governo português não tenha sido consultado pelo seu homólogo espanhol sobre os possíveis impactos para as populações portuguesas. O movimento apela, por isso, a que o Governo português e o município de Vinhais tomem uma posição para exigir a realização deste estudo, que implicaria uma consulta pública envolvendo as populações, a autarquia e entidades como a Agência Portuguesa do Ambiente.

Embora o início da produção esteja previsto para o quarto trimestre de 2026, já se encontram a decorrer trabalhos no terreno, como movimentação de terras e a instalação de um pavilhão. A empresa, que enfrenta processos em tribunal movidos por organizações ambientalistas espanholas, estima que as reservas de minério no local sejam de 60.000 toneladas.

A agência Lusa tentou contactar a empresa, mas não obteve resposta.

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