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Poluição no Rio Maior pela Indústria do Tomate

Movimentos ecologistas denunciam novas descargas poluentes no rio Maior, atribuindo a responsabilidade à indústria de transformação do tomate e exigindo a intervenção urgente das autoridades competentes.
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Diversos movimentos ecologistas, que integram o proTEJO – Movimento pelo Tejo, denunciaram novas descargas poluentes no rio Maior, afluente do Tejo.

Os focos de poluição foram detetados na freguesia de S. João da Ribeira, no concelho de Rio Maior, e são atribuídos à indústria de transformação do tomate, coincidindo com o período da campanha anual deste produto.

Segundo as organizações, como o Movimento Cívico Ar Puro e a EcoCartaxo, esta é uma situação recorrente que se verifica todos os anos desde 1965.

Os ecologistas descrevem as descargas como águas residuais de cor vermelha e pastosa, acompanhadas de um cheiro nauseabundo, que transformam o rio num “esgoto a céu aberto”.

O impacto é agravado pelo caudal reduzido do rio devido à seca extrema.

Os movimentos alertam ainda para uma nova tática de descarga, realizada de forma indireta através de uma vala oculta em terrenos privados para dificultar a deteção. Para além da poluição da água, são também denunciados os danos sociais e ecológicos provocados pela laboração contínua da agroindústria, que causa ruído e emissão de gases, resultando em perturbações do sono e problemas de saúde para os residentes locais. Face à persistência do problema, os movimentos cívicos manifestam desconfiança em relação aos controlos analíticos e às ações de fiscalização, considerando-os pouco credíveis. Exigem, por isso, uma intervenção imediata da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) para impedir a continuidade das descargas e responsabilizar os agentes poluidores.

As reivindicações estendem-se a medidas de longo prazo. Os ecologistas pedem que a APA implemente um plano para que as massas de água do rio Maior alcancem um bom estado ecológico, em conformidade com as diretivas europeias. Propõem também a reativação da “Comissão de Acompanhamento sobre a Poluição do rio Tejo”, desativada em 2018, com o objetivo de criar um plano de melhoria da qualidade da água para os afluentes do Tejo, envolvendo autoridades, municípios, ONGs e instituições científicas.

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