Ministério Público pede pena próxima da máxima para homem que matou três pessoas em barbearia



Nas alegações finais do julgamento, o procurador Rui Baptista considerou provada a prática de três crimes de homicídio qualificado, uma tentativa de homicídio “por motivo fútil” e um crime de posse de arma proibida. O Ministério Público (MP) pediu uma condenação próxima da pena máxima de 25 anos, destacando a “especial censurabilidade” dos atos, a personalidade conflituosa e agressiva do arguido, Fernando Silva, e a sua falta de respeito pela vida alheia. “Estaremos sempre perto dos 25 anos.
Estamos a falar de uma pena mínima de 16 anos por cada um dos três crimes de homicídio”, afirmou o procurador. O crime ocorreu a 2 de outubro de 2024, quando Fernando Silva se dirigiu à barbearia “Granda Pente” para cortar o cabelo. Por não ter sido atendido de imediato, disparou com uma arma de fogo, matando o barbeiro, Carlos Pina, um cliente, Bruno Neto, e a companheira deste, Fernanda Júlia da Silva.
O arguido disparou ainda contra outro empregado do estabelecimento, mas não o atingiu.
Após os homicídios, fugiu, tendo sido detido uma semana depois na zona de Setúbal, com a ajuda de familiares.
Durante a sessão, foi ouvido um perito do Instituto de Medicina Legal (IML), que reiterou que o arguido é imputável pelos crimes. O médico psiquiatra Sérgio Mota Saraiva esclareceu que o diagnóstico não é de esquizofrenia, como alegava a defesa, mas sim de “psicose tóxica”, consistente com consumo de substâncias e abstinência.
A avaliação psiquiátrica concluiu que Fernando Silva agiu com consciência do bem e do mal e não se encontrava num surto psicótico no momento dos crimes.
As alegações finais prosseguem durante a tarde com os advogados de defesa.













