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Venda da operação do TikTok nos EUA a investidores americanos

O futuro da operação norte-americana do TikTok está a ser redefinido por um consórcio de proeminentes investidores americanos, num acordo anunciado por Donald Trump que, segundo o ex-presidente, já foi aprovado pela China.
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O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um plano para que um grupo de investidores norte-americanos assuma o controlo da operação da TikTok nos Estados Unidos, num acordo que visa manter a popular aplicação a operar no país.

Entre os investidores envolvidos estão figuras proeminentes do mundo empresarial e mediático, como Lachlan e Rupert Murdoch, Larry Ellison, cofundador da Oracle, e Michael Dell, da Dell Technologies.

Trump descreveu os empresários como "patriotas americanos" e revelou que o acordo já foi validado pelo presidente chinês, Xi Jinping.

A estrutura do negócio prevê a transferência dos ativos norte-americanos da TikTok, atualmente detida pela empresa chinesa ByteDance, para uma nova sociedade. Nesta nova entidade, os investidores norte-americanos deterão o controlo maioritário, enquanto a participação da ByteDance será inferior a 20%.

A gestão ficará a cargo de um conselho de administração com experiência em cibersegurança e segurança nacional.

Foi especificado que o investimento de Lachlan Murdoch será realizado através da Fox Corp., e não a título individual ou pela News Corp.

Esta negociação surge no contexto de tensões comerciais e tecnológicas entre Washington e Pequim. Em 2024, o Congresso dos EUA aprovou uma lei que obrigava à venda da TikTok até janeiro de 2025, devido a preocupações com a possibilidade de o governo chinês aceder aos dados de cerca de 170 milhões de utilizadores americanos.

Contudo, a administração Trump optou por não aplicar diretamente essa exigência, integrando as negociações do acordo no âmbito de conversações económicas mais alargadas com a China. Trump também reconheceu a influência da aplicação junto do eleitorado mais jovem, que o ajudou na sua campanha de 2024.

A intervenção direta da administração Trump nesta operação empresarial insere-se num padrão de decisões económicas consideradas pouco habituais.

Outros exemplos incluem a aquisição de uma participação de 10% na Intel pelo governo e a autorização para que a Nvidia vendesse chips de inteligência artificial à China em troca de 15% das receitas. Estas medidas, justificadas como benéficas para os interesses estratégicos dos EUA, têm sido alvo de críticas por parte de líderes empresariais e legisladores republicanos.

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