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Prémio Gulbenkian Património 2025

A reabilitação e ampliação do Palácio Condes da Ribeira Grande para albergar o Museu de Arte Contemporânea Armando Martins (MACAM), em Lisboa, foi galardoada com o Prémio Gulbenkian Património -- Maria Tereza e Vasco Vilalva 2025, destacando-se entre 23 candidaturas.
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O projeto de recuperação do Palácio Condes da Ribeira Grande, que deu lugar ao novo Museu de Arte Contemporânea Armando Martins (MACAM), em Lisboa, foi o vencedor da edição de 2025 do Prémio Gulbenkian Património, no valor de 50 mil euros. O júri, presidido por António Lamas, destacou a importância da intervenção numa das mais relevantes edificações palacianas lisboetas de meados do século XVIII.

Adquirido pelo empresário Armando Martins em 2006, o palácio, que durante o século XX albergou instituições escolares como a Escola Secundária Rainha Dona Amélia, foi alvo de uma profunda reabilitação e da construção de um novo edifício entre 2018 e 2025. O trabalho dos arquitetos João Pedras e Hélder da Silva Cordeiro foi elogiado por criar um "equilíbrio cativante entre a salvaguarda e restauro patrimoniais e as exigências" de um novo equipamento. A qualidade da coleção, a museografia e o modelo de gestão, que prevê que o museu seja parcialmente sustentado por receitas de um hotel, foram outros fatores decisivos.

Para além do vencedor, o júri decidiu atribuir três menções honrosas.

Uma delas foi para o Museu Mineiro do Lousal, em Grândola, instalado na antiga Central Elétrica das minas de pirites. O museu, que preserva a maquinaria original, foi alvo de uma requalificação em 2024 que modernizou o suporte museográfico e incluiu testemunhos de mineiros. A Casa do Passal — Museu Aristides de Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato, foi também distinguida pela recuperação do edifício e pelo resgate da memória do diplomata, recorrendo a uma mostra documental para contextualizar a sua ação humanitária. A terceira menção honrosa foi atribuída à Igreja de Nossa Senhora da Lagoa, em Monsaraz, um Monumento Nacional.

O júri sublinhou o criterioso restauro de talhas, retábulos e altares, bem como a intervenção de luminotecnia, que resultou num trabalho exemplar de colaboração entre diversos especialistas e a comunidade local.

O Prémio Gulbenkian Património foi criado em 2007 em homenagem a Vasco Vilalva, com o objetivo de reconhecer intervenções exemplares na preservação e recuperação do património cultural.

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