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Na flotilha, Mortágua questiona: "Há drones a circular. Porque vigiam?"

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, denunciou a vigilância por drones à flotilha humanitária em que participa com destino a Gaza, gerando um debate sobre a natureza e o propósito desta monitorização.
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Mariana Mortágua, coordenadora do Bloco de Esquerda, que integra a flotilha humanitária ‘Global Sumud Flotilla’ com destino a Gaza, denunciou através das redes sociais a presença de drones a vigiar as embarcações. Numa publicação, a deputada questionou: “Há drones a circular perto dos barcos da flotilha que estão a umas poucas milhas náuticas de Menorca.

São navios humanitários.

Porque nos vigiam?”.

A denúncia foi respondida por Helena Ferro de Gouveia, que sugeriu que os drones poderiam pertencer à FRONTEX, com a missão de garantir a segurança contra traficantes, acusando Mortágua de seguir uma “narrativa da vitimização”. A ‘Global Sumud Flotilla’ é descrita pelos seus organizadores como a “maior missão de solidariedade da história” e é composta por 50 barcos que transportam ajuda humanitária, alimentos e medicamentos.

A bordo seguem centenas de ativistas e figuras públicas de 44 países.

Além de Mariana Mortágua, a comitiva portuguesa inclui o ativista Miguel Duarte e a atriz Sofia Aparício.

Entre as personalidades internacionais confirmadas estão a ativista sueca Greta Thunberg, a atriz norte-americana Susan Sarandon e o ator irlandês Liam Cunningham.

A viagem teve um início conturbado.

A flotilha partiu de Barcelona no domingo, mas foi forçada a regressar ao porto poucas horas depois devido ao mau tempo, tendo retomado a rota na segunda-feira.

Mariana Mortágua afirmou que o “primeiro obstáculo” da missão, a “sabotagem burocrática”, já tinha sido ultrapassado.

A participação dos cidadãos portugueses gerou uma tomada de posição por parte do Governo português. O ministério tutelado por Paulo Rangel declarou que, por se tratar de uma “iniciativa autónoma da sociedade civil”, o Estado português não tem, ao abrigo do direito internacional, qualquer obrigação jurídica de proteger o navio ou os seus tripulantes.

Esta posição contrasta com a de Espanha, que assegura proteção diplomática à flotilha.

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