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"Não é hora de reconhecer o Estado palestiniano", defende Chega

A posição dos partidos portugueses sobre o reconhecimento do Estado da Palestina está em destaque, com o Chega a manifestar ceticismo quanto ao momento da decisão e o PCP a condenar a ação dos Estados Unidos para impedir a participação palestiniana na ONU.
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O partido Chega considera que “por ora não é tempo de reconhecer o Estado palestiniano”, apesar de concordar que a solução para o conflito no Médio Oriente “passa pela existência de dois Estados”. Após uma reunião com o Governo, a deputada Rita Matias expressou “dúvidas e preocupações” sobre as condições que o executivo diz estarem asseguradas, nomeadamente a garantia de que “o Hamas seja desmantelado e que não se organize como força política”. O partido manifestou-se “mais cético do que o ministro de que isto realmente seja possível” e, por isso, alinha-se com posições europeias mais conservadoras. Esta posição reforça a declaração anterior do presidente do partido, André Ventura, que a 31 de julho defendeu que a decisão deveria ser europeia. O primeiro-ministro já tinha anunciado a intenção do Governo de auscultar o Presidente da República e os partidos sobre o tema, com vista a uma decisão na Assembleia-Geral das Nações Unidas em setembro. Numa outra vertente do debate, o PCP questionou o Governo sobre as “iniciativas urgentes” que está a tomar para garantir a participação dos representantes palestinianos na referida Assembleia-Geral.

A interpelação surge na sequência do anúncio, a 29 de agosto, de que os EUA iriam negar e revogar vistos a membros da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). O PCP classifica esta ação como “ilegal” e “ultrajante”, argumentando que os EUA, como país anfitrião da ONU, estão legalmente obrigados a permitir o acesso dos representantes. A bancada comunista acusa Washington de usar os vistos como “arma política para silenciar um povo” e de minar a credibilidade do sistema da ONU para proteger Israel, lembrando que o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita agradeceu publicamente a decisão norte-americana.

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