
Debates Económicos em Portugal: Salários, Produtividade e Acesso à Habitação



O debate em torno da política económica e social em Portugal intensificou-se em torno de dois eixos principais: o desfasamento entre o crescimento dos salários e a produtividade, e uma nova e controversa política de habitação. Em 2025, o salário mínimo nacional aumentou para 870 euros e a remuneração média atingiu os 1.741 euros no segundo trimestre, refletindo um aumento nominal de cerca de 6%.
Contudo, este crescimento salarial não é acompanhado pela produtividade, que, segundo o Banco de Portugal, deverá crescer apenas 1% ao ano.
Esta disparidade acarreta riscos como a perda de competitividade externa, pressão sobre as margens de lucro das empresas, especialmente as PME, e potencial inflação. Neste contexto económico, o Governo introduziu uma nova medida de habitação que gerou forte polémica: a criação de uma "renda de valor moderado", que substitui o conceito de "renda acessível" e estabelece um teto de 2.300 euros para a elegibilidade de benefícios fiscais.
O ministro da Habitação, Miguel Pinto Luz, defendeu a medida no parlamento, afirmando que visa simplificar os apoios e abranger a classe média.
Argumentou que um agregado familiar com um rendimento de 5.000 euros mensais "não é rico" e que as políticas devem ser para todos, não apenas para os mais necessitados. O ministro assegurou que os benefícios para rendas mais baixas se mantêm.
A medida foi, no entanto, alvo de duras críticas por parte da oposição.
Partidos como o PS, Livre e PCP consideram o valor de 2.300 euros desfasado da realidade portuguesa, onde o salário médio é de 1.741 euros.
A ex-ministra da Habitação, Marina Gonçalves, do PS, afirmou que "o PS nunca se associará a estes valores", alertando que a medida poderá "incendiar" o mercado e levar a um aumento generalizado dos preços das rendas, prejudicando a classe média e os jovens que pretende apoiar.
Os críticos acusam o Governo de normalizar rendas incomportáveis e de governar para uma "bolha". O desafio para Portugal passa por alinhar o crescimento salarial com ganhos de produtividade, transformando o risco atual numa oportunidade para modernizar a economia.
As sugestões incluem investir em inovação e digitalização, qualificação profissional e direcionar fundos europeus para projetos que aumentem a eficiência.
Acelerar a produtividade é visto como crucial para que os aumentos salariais e as políticas sociais, como a da habitação, sejam sustentáveis a longo prazo e contribuam para um futuro mais competitivo e justo.
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