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NASA deteta fortes sinais de possível vida em Marte
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Descoberta de potenciais vestígios de vida em Marte pela NASA
A agência espacial norte-americana, NASA, anunciou a descoberta de fortes indícios de vida microbiana antiga em Marte, encontrados pelo rover Perseverance na cratera Jezero. Esta que poderá ser a evidência mais clara até hoje reacende a questão sobre a existência de vida para além da Terra.
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A NASA anunciou a descoberta de possíveis vestígios de vida em Marte, com base em dados recolhidos pelo rover Perseverance. A descoberta, detalhada numa conferência de imprensa e publicada na revista Nature, centra-se em rochas localizadas na cratera Jezero, um local que há milhares de milhões de anos albergou um lago e um sistema fluvial. O Perseverance, que explora a cratera desde 2021, detetou matéria orgânica à base de carbono em diversas amostras de rocha.
Segundo Nicky Fox, diretora científica da NASA, algumas formações rochosas, com tons esverdeados e manchas descritas como “pele de leopardo”, podem ter sido criadas por formas de vida primitivas.
A análise identificou a presença de vivianite e greigite, dois minerais que na Terra são frequentemente subprodutos do metabolismo de micróbios.
Embora esta seja a explicação mais plausível para os cientistas, não é a única hipótese considerada.
Sean Duffy, administrador interino da NASA, afirmou que “este pode ser o vestígio de vida mais claro que vimos em Marte”. As amostras que contêm os compostos orgânicos foram armazenadas em cápsulas e depositadas na superfície marciana, aguardando uma futura missão de recolha para análise detalhada em laboratórios terrestres.
Uma das amostras, batizada “Cânion Safira”, é considerada de importância estratégica. O geólogo Antonio Molina, do Centro de Astrobiologia de Madrid, sublinhou que, por enquanto, se trata de sinais indiretos e que a confirmação definitiva depende do regresso e estudo das amostras na Terra. Apesar do entusiasmo científico, o futuro da missão de retorno das amostras é incerto.
O presidente norte-americano, Donald Trump, sinalizou a intenção de cortar o orçamento dos programas científicos da NASA, o que poderia afetar o projeto e atrasar por décadas a confirmação sobre a existência de vida passada em Marte.
Se os vestígios forem comprovados, representarão um marco histórico para a ciência, oferecendo a primeira evidência de que a vida pode não ser exclusiva do nosso planeta e inaugurando uma nova era na astrobiologia.
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