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Especialista lamenta falta de progresso na gestão de resíduos no Natal nas últimas duas décadas

A época natalícia em Portugal continua a ser marcada por um excesso de produção de resíduos, com pouca evolução por parte de empresas e consumidores, uma situação que pouco se alterou nos últimos 20 anos, segundo a especialista ambiental Susana Fonseca.
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A vice-presidente da associação ambientalista Zero, Susana Fonseca, afirma que a quadra natalícia continua a gerar um excesso de resíduos, lamentando a estagnação na gestão de lixo nas últimas duas décadas. Segundo a especialista, que há 18 anos, na associação Quercus, já alertava para o mesmo problema, as marcas não promoveram uma transição para a sustentabilidade, mantendo os "modelos de descartabilidade" e o uso da embalagem como "argumento de venda". Apesar de reconhecer a existência de uma melhor rede de ecopontos, mais acessível à população, Susana Fonseca sublinha que este progresso foi ofuscado por um aumento do consumo, impulsionado pelo comércio online e pela "fast fashion". Este consumismo resulta na aquisição de muitos produtos supérfluos que rapidamente se tornam lixo. A especialista critica também a falta de evolução no comportamento dos cidadãos, que continuam a depositar os resíduos na rua durante os dias de Natal, esquecendo que os serviços de recolha são reduzidos nesta altura. Para contrariar esta tendência, Susana Fonseca defende uma "mudança de sistema", sentindo-se "desalentada" com a falta de progresso. A especialista propõe a criação de um sistema em que os cidadãos paguem pelos resíduos que não separam, em vez do modelo atual baseado no consumo de água, de modo a estimular a adesão à reciclagem e a "penalizar quem não colabora".

Defende ainda a necessidade de uma abordagem diferente por parte dos municípios, face às "baixíssimas" taxas de separação e ao incumprimento das metas europeias.

Dados oficiais indicam que em 2024 foram recolhidas em Portugal 5,52 milhões de toneladas de resíduos urbanos, mais 182,8 mil toneladas do que em 2023. Cada habitante produziu em média 516,2 quilos de resíduos. Perante este cenário, Fonseca reitera conselhos antigos mas atuais, como a reutilização de embrulhos e a gestão de restos de comida, e apela para que as pessoas não coloquem o lixo na rua logo após a noite de Natal.

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