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NATO condena incursões aéreas russas e debate resposta

A recente violação do espaço aéreo da Estónia por caças russos elevou a tensão entre a NATO e Moscovo, desencadeando uma forte condenação por parte da Aliança Atlântica e um debate interno sobre a robustez da resposta a futuras provocações.
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A incursão de três caças MiG-31 russos no espaço aéreo da Estónia, onde permaneceram por cerca de 12 minutos, levou o país báltico a solicitar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU e a invocar o Artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte. Este incidente não é isolado, somando-se a recentes sobrevoos de 'drones' russos na Polónia e Roménia, e a três violações do espaço aéreo norueguês este ano.

O Conselho do Atlântico Norte, organismo da NATO, classificou a ação como parte de um "padrão de comportamento cada vez mais irresponsável" da Rússia.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, advertiu Moscovo para não continuar "este caminho perigoso", afirmando que a aliança está preparada para "fazer o que é necessário", embora se tenha recusado a especificar se isso incluiria abater aeronaves russas.

A comunidade internacional reagiu prontamente.

Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos prometeram defender "cada centímetro do território da NATO".

O chefe da diplomacia estónia, Margus Tsahkna, apresentou uma declaração apoiada por cerca de 50 países, exigindo o fim das "provocações e ameaças" russas.

A Rússia, por sua vez, negou as acusações.

O vice-embaixador russo na ONU, Dmitri Polyanskiy, atribuiu a denúncia a uma "histeria russofóbica", e o presidente Vladimir Putin afirmou que é a Rússia que se encontra sob ameaça.

Dentro da aliança, intensifica-se o debate sobre a resposta adequada.

Especialistas militares, como o tenente-general Marco Serronha, acreditam que Moscovo pretende "destruir a unidade europeia e testar as suas capacidades".

Políticos e militares do Reino Unido, Polónia, Alemanha e República Checa defenderam uma postura mais firme, incluindo a possibilidade de abater caças russos que violem o espaço aéreo da NATO, evocando o exemplo da Turquia em 2015 como um dissuasor eficaz. No entanto, as autoridades da Estónia apelaram à cautela, com o ministro dos Negócios Estrangeiros a sublinhar que abater um avião russo levaria o conflito "a um novo patamar" e que o objetivo principal da NATO é a prevenção e o controlo da situação.

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