
"Não haverá um Estado palestiniano". Netanyahu assina expansão de colonatos



O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que "não haverá Estado palestiniano", durante uma cerimónia em Maale Adumim, um colonato judaico a leste de Jerusalém, onde assinou um projeto para a construção de 3.400 novas habitações na Cisjordânia. A declaração surge numa altura em que vários países, incluindo Portugal, França, Austrália e Canadá, anunciaram a intenção de reconhecer o Estado da Palestina.
Netanyahu sublinhou o seu compromisso com a expansão territorial, afirmando: "Cumpriremos a nossa promessa: não haverá Estado palestiniano, este lugar pertence-nos".
O plano, conhecido como E1, esteve congelado durante mais de duas décadas devido à pressão internacional, mas foi agora reativado com o objetivo de duplicar a população do colonato.
Críticos, incluindo as Nações Unidas e a Autoridade Palestiniana, condenam o projeto por dividir o território palestiniano e ameaçar a viabilidade de um futuro Estado, considerando-o uma "anexação progressiva da Cisjordânia". A colonização israelita na Cisjordânia, onde vivem cerca de três milhões de palestinianos e aproximadamente 500 mil colonos israelitas, tem sido uma constante desde 1967, mas intensificou-se sob o atual governo, especialmente após o início da guerra em Gaza a 7 de outubro de 2023. Membros da extrema-direita do executivo israelita, como o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, têm defendido abertamente a anexação da Cisjordânia, em parte como resposta aos movimentos diplomáticos de reconhecimento da Palestina.
Os colonatos são considerados ilegais à luz do direito internacional.
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